Sem conseguir concluir o chamamento público aberto para escolha da cooperativa que fará a reciclagem do lixo coletado na cidade, a Prefeitura de Mogi aguarda para fazer investimentos em novos equipamentos no Centro de Triagem da Vila São Francisco. Enquanto isso, em função do grande volume de recicláveis que se acumula no espaço, a administração confirmou a retirada de parte do volume na semana passada e destacou que o Ministério Público está sendo informado sobre todas as ações envolvendo o caso. 

A denúncia do descarte do material reciclável, após ser coletado nos domicílios, descarregado no Centro de Triagem e levado para o aterro sanitário de Jambeiro, foi apresentada anteontem pelo vereador Iduigues Martins (PT), que esteve no local no dia 16.

Sobre o volume de material na usina de triagem, a prefeitura informou "que houve um excesso e a Secretaria do Meio Ambiente já solucionou este problema, retirando os materiais no final de semana passado", e que , além disso, junto com os materiais recicláveis, há também resíduos orgânicos que não podem ser reciclados. "A Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal de Mogi vem atuando para melhorar essa situação, por meio de orientação à população e à empresa Peralta, responsável pela coleta no município", detalhou, em nota.

De acordo com a pasta, a coleta seletiva está funcionando. Desde o dia 23 de maio, foi firmado um termo de doação com a Cooperativa Nossa Senhora Aparecida, que vem prestando serviços voluntários nos Ecopontos e no Centro de Triagem da Vila São Francisco.

"Essa medida foi tomada até que a Justiça se manifeste de forma definitiva sobre o termo de chamamento aberto pela Prefeitura, que já apontou uma cooperativa vencedora. Houve recurso de outra cooperativa e isso paralisou o processo", explicou a secretaria, em nota. A pasta também destacou que o "Ministério Público foi informado sobre toda essa situação e concordou com as medidas adotadas".