Sem acordo com o Governo do Estado, os funcionários da do Sistema Socioeducativo da Fundação Casa seguem em greve desde o último dia 3. Na região, as unidades de Arujá e Itaquaquecetuba são afetadas pelo movimento. Uma manifestação está sendo organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo (Sitsesp) para esta terça-feira (23), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), a partir das 14 horas, a fim de reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial.

Uma decisão liminar determina que a greve paralise 20% dos trabalhadores, mantendo o contingenciamento de 80% do efetivo trabalhando nos respectivos Centros de medidas socioeducativas, caso contrário o sindicato receberá uma multa de R$ 300 mil por dia. A Fundação Casa afirma que "o efetivo mínimo não está sendo mantido pelo Sitsesp nas unidades, o que obriga a Instituição a realizar revezamento entre a equipe de gestores a fim de manter a normalidade do atendimento aos adolescentes". 

Na pauta de reivindicações da categoria estão a valorização nas carreiras, segurança no local de trabalho, reposição salarial que contemple os anos de perda e desvalorização do poder de compra dos salários dos servidores, manutenção das cláusulas sociais e execução do Plano de Cargos, Carreira e Salários.

De acordo com a entidade, a única proposta do Governo do Estado foi um índice de 5,75% que não era suficiente para repor a inflação do período. Após uma reunião realizada no último dia 2 de maio, foi proposto um novo índice, agora de 6%, que também não foi aceito pela categoria.

A Fundação destaca que a proposta do governo foi 6%, inclusive sobre os benefícios, entre eles vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral, aplicável na folha de pagamento de maio, a ser creditada no mês de junho; e que "aguarda o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região agendar o julgamento da greve".