O ex-vereador de Suzano José Carlos de Souza Nascimento (PTB), o Zé Pirueiro, foi condenado a 12 anos de prisão por envolvimento em um esquema de tráfico de drogas que envolve o Primeiro Comando da Capital (PCC) e cooperativa Cooper-Suzan, que atua no transporte complementar em Suzano. Além dele, outras seis pessoas também foram condenadas com penas que chegam até 27 anos, sendo duas delas antigos funcionários do gabinete do parlamentar.

De acordo com a sentença dada pelo juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto, na última segunda-feira (22), Zé Pirueiro, que foi eleito em 2016, recebeu a pena de "12 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial fechado; 6 meses e 20 (vinte) dias de detenção, em regime inicial semiaberto; e 60 (sessenta) dias-multa, à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época dos fatos", mas poderá recorrer em liberdade.

Além dele, foram condenados Daniel Rodrigues de Oliveira (13 anos e 8 meses de reclusão), Dárcio Candido da Silva (27 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão), Pedro Zeca da Silva (12 anos de reclusão), Márcio Zeca da Silva (17  anos e 06 meses de reclusão), Cleiton Virgílio da Silva (6 anos de reclusão), Luiz Alexandre Papalia  (6 anos de reclusão).

O ex-vereador foi preso em 2018 em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) realizada no Alto Tietê e em São Bernardo do Campo, onde foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária. De acordo com a promotoria na época, a ação batizada de "Cooperativa" investigava um suposto esquema de tráfico de drogas que envolveria o PCC e a Cooper-Suzan.

As investigações que levaram a deflagração da operação duraram cerca de um ano. "Elas constataram que a Cooper-Suzan é utilizada por membros do PCC como fachada para a exploração do tráfico de drogas na cidade, com a participação, inclusive, de políticos da região", explicou o MP, na época.

Zé Pirueiro ficou preso por quase um ano, chegou a reassumir seu mandato como vereador, mas foi afastado novamente em 2020.

O Mogi News/Dat não conseguiu contato com a defesa do ex-parlamentar e demais envolvidos até o fechamento da edição.