O Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta sexta-feira, dia 7 de abril, é uma data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre as circunstância que podem afetar a saúde, que compreende aspectos físicos, psicológicos e sociais. Neste ano, com o tema "Saúde Para Todos", questões como a democratização do acesso à saúde, a prevenção de doenças e os direitos individuais e coletivos envolvidos, são objetos de discussão.
No Brasil, a Lei n° 8.080, de 1990, garante a saúde como um direito fundamental do ser humano, sendo dever do Estado promover as condições necessárias para seu livre exercício, com a promoção de políticas públicas para tratamento e prevenção de doenças, dentre outras medidas cabíveis.
Um dos mecanismos de garantia desses direitos é o Sistema Único de Saúde (SUS), implementado pelo governo federal em parceria com os Estados e municípios. Uma de suas principais formas de atuação se dá por meio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), responsável pelo primeiro atendimento de natureza emergencial.
Segundo explica o coordenador do Consórcio Regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Cresamu) da região, Hector Trevor Campos, esse primeiro momento é de extrema importância, pois serão eles os responsáveis por viabilizar "a melhor referência para o tratamento adequado".
Porém, Campos destaca que uma das principais ferramentas de acesso à saúde é a própria conscientização, pois, muitas vezes, o próprio indivíduo se coloca em risco e, até mesmo, outras pessoas como quando dirige alcoolizado ao volante. "Por esta situação estamos focando na educação nas escolas, pois acreditamos que se tornarão adultos mais conscientes, além de divulgar para a família e amigos sobre a importância de preservar a saúde e a vida", disse.
Além disso, ações individuais podem acabar transtornando todo um coletivo, como as telefonemas falsos. "Os trotes, por mais que venham diminuindo, ainda continuamos a receber. Outros fatores que aumentam nosso tempo de resposta hoje são chamados que não se caracterizam como urgência, como dor de dente, vômitos, diarreia", comentou.
Ações filantrópicas
Entretanto, quando as ferramentas do Estado não são suficientes, o esforço de outras entidades em democratizar o acesso à saúde se torna essencial. Esse é o caso do Instituto Foganholi, em Suzano, que oferece atendimento médico por um valor simbólico, direcionado à população local e para os demais municípios do Alto Tietê.
"Nós temos um tema muito importante, que é 'Saúde Para Todos', no Dia Mundial da Saúde. E o instituto vem ao encontro do tema, que é justamente o que a gente preconiza. Uma saúde para todos, mas com respeito, com vontade de fazer e ajudar a população", destacou o presidente do instituto, o médico Dr. Carlos Foganholi.
Segundo ele, a democratização da saúde é fundamental, porém é preciso se ater à qualidade dos especialistas que irão receber os pacientes, o que hoje também é um desafio. "Não adianta ter uma quantidade grande de profissionais desqualificados. Eles precisam estar em condições para que a gente possa realmente ter uma resposta adequada às necessidades de cada pessoas", argumentou.
Prevenção
Outro aspecto que julgou relevante está na prevenção, pois "se investe muito dinheiro na doença", sendo que "o mais certo e o melhor é investir dinheiro na saúde, para que as pessoas não fiquem doentes".
"A doença traz um transtorno, além de tudo, socioeconômico para todos, traz muita dor e ansiedade, então devemos evitar. Precisa-se injetar mais dinheiro em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), fazer prevenção da hipertensão, da diabetes, para que o paciente não venha a infartar, ter um derrame e não precise de uma medicina mais qualificada, que também é muito mais caro", concluiu.
O Instituto Foganholi fica localizado na Alameda Meyer Joseph Nigri, 130, no bairro Cidade Cruzeiro do Sul.
*Texto supervisionado pelo editor