Os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva foram condenados a 21 anos de prisão pelo assassinato do adolescente Lucas Terra, que foi queimado vivo e teve o corpo abandonado em um terreno baldio na capital da Bahia em 2001. A pena, que é passível de recurso, foi proferida pela juíza Andréia Sarmento às 21h30 desta quinta-feira (27).
Segundo a sentença, Fernando Aparecido da Silva vai cumprir 21 anos de prisão, e Joel Miranda vai cumprir 18 anos, mas a pena foi aumentada para 21 anos. Ambos os pastores foram condenados por homicídio qualificado triplo e ocultação de cadáver. As três agravantes do homicídio são o motivo torpe, o emprego do meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.

Entenda o caso


O assassinato de Lucas Terra aconteceu na Bahia em 2001. O menino de 14 anos foi queimado vivo e seu corpo foi encontrado em um terreno baldio em Salvador. Três pastores da igreja Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) que Lucas frequentava foram acusados de cometer o crime: Silvio Galiza, Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva.
Silvio Galiza foi o primeiro a ser identificado como suspeito e foi julgado e condenado em 2004, depois de três anos e três meses após o crime.
Em 2006, Galiza acusou os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva de terem envolvimento no crime. Os pastores permaneceram em liberdade até o julgamento em 2023, mais de duas décadas após o assassinato de Lucas Terra. Eles continuaram a liderar igrejas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais.