Alto Tietê - Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Alto Tietê registrou no primeiro turno das eleições gerais 233 queixas de propaganda eleitoral irregular. As informações são do portal da transparência do aplicativo "TSE Pardal" (https://pardal.tse.jus.br/pardal-web/index.faces?uf=), disponibilizado também para smartphones.

O aplicativo foi lançado em 2016 e apresenta relatórios desde as eleições de 2018, que têm como objetivo auxiliar os fiscais da Justiça Eleitoral a apurar o andamento do processo eleitoral. Com o programa, o usuário pode fazer fotos ou vídeos e encaminhar possíveis violações como compra de votos, propaganda irregular, boca-de-urna e outros diretamente ao TSE.

No primeiro turno das eleições deste ano, as dez cidades do Alto Tietê registraram 233 denúncias, contra 258 nas últimas eleições gerais - uma redução de 9,69% em um período de quatro anos. Em todo o Estado, foram 5.930 denúncias, contra 8.934, o que representa uma redução de 33,6%.

No levantamento do TSE, em 2022, os casos constam como "propaganda eleitoral irregular". Já nas eleições de quatro anos atrás, o número cai para 53% do total, com outros 21% na categoria "Crimes Eleitorais" e mais 20% sem classificação de denúncia definida.

A cidade com o maior número de denúncias apresentadas na plataforma virtual foi Itaquaquecetuba, que registrou 47 casos sob investigação. No entanto, na comparação com 2018, a cidade teve uma queda de 26,5%, quando foram 64 queixas.

Mogi das Cruzes e Santa Isabel tiveram 33 ocorrências cada, sendo que Mogi teve uma queda de 50,75% para a última eleição presidencial, enquanto que Santa Isabel não teve casos contabilizados na plataforma em 2018. Em terceiro lugar no ranking regional, consta a cidade de Ferraz de Vasconcelos, que marcou 29 pedidos de apuração, mais do que o dobro de 2018 (13 casos, aumento de 123,08%).

Dentre as cidades do Alto Tietê, a cidade que teve menos violações enviadas ao TSE foi Biritiba Mirim, com apenas um envio de caso pela plataforma, três a menos que na eleição presidencial passada.

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público Eleitoral para apurar o andamento das denúncias e possíveis condenações no Alto Tietê, mas até o fechamento da matéria não obteve resposta das autoridades, e segue à disposição para esclarecimentos.