Mogi das Cruzes recebeu anteontem, Dia da Independência, o Grito dos Excluídos e Excluídas. Segundo Gilson Sene Rodrigues, advogado e coordenador do Grito dos Excluídos(as) do Alto Tietê/2022, o ato político e cultural que visa dar voz e vez à população em situação de exclusão, começou com concentração no Largo do Rosário, no centro de Mogi, após a missa na Catedral de Sant'Ana com o bispo Dom Pedro Luiz Stringhini. Pastorais e movimentos populares participaram do ato, que também contou com a distribuição de café e a doação de cestas básicas e alimentos que foram doados a famílias em situação de vulnerabilidade e para a Cáritas Diocesana.
A iniciativa é promovida anualmente pelas pastorais sociais, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e organizações civis desde 1995, sendo construída, de acordo com Rodrigues, de forma coletiva em parceria com os movimentos populares, entidades, igrejas, religiões de matriz africana e indígenas comprometidos com as causas dos excluídos e excluídas.
Rodrigues explicou que o tema central é "Vida em Primeiro Lugar" e o lema sempre dialoga com a Campanha da Fraternidade, a conjuntura política, social e econômica do país e com a luta dos movimentos sociais. "Neste ano em que se comemora o bicentenário da independência do Brasil, o Grito dos Excluídos e Excluídas propõe uma reflexão sobre as contradições da independência em um país com inúmeras desigualdades, por isso, a 28º edição traz o lema: 'Brasil: 200 anos de (in)dependência, para quem?'", destacou.