Mogi - O Fórum Mogiano LGBT e movimentos sociais que se uniram no protesto realizado na sexta-feira passada em frente à Diretoria de Ensino, no centro de Mogi, voltam a se reunir hoje, às 14 horas, na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, no distrito de Braz Cubas. Segundo Alexandra Braga, fundadora e vice-presidente do Fórum, o objetivo é promover um diálogo com os estudantes sobre transfobia. A deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL), primeira mulher trans eleita por São Paulo, também deve participar.
O diálogo deve contar com a presença da dirigente regional de ensino, Estela Vanessa de Menezes Cruz, que recebeu representantes dos movimentos ontem e, de acordo com Alexandra, se comprometeu a continuar o diálogo e afirmou que a ideia é que juntos possam encontrar a melhor maneira para que a aluna trans vítima de violência não sofra novamente. A dirigente disse ao grupo que a estudante tem a vaga garantida na escola ou em outra unidade, caso prefira a transferência.
Na próxima quarta-feira está programado um ato com panfletagem e carro de som em frente à escola. Alexandra destacou que o que ocorreu, diferente do que teria alegado a dirigente de ensino, não foi um ato isolado. "Aquele ato foi um ato transfóbico. Aquela quantidade de rapazes não ia socar daquela maneira uma mulher cisgênero. Nós cobramos políticas públicas para que a escola seja democrática, laica e segura para alunos trans e travestis".
Entenda o caso
Um vídeo divulgado na quarta-feira (9) com uma série de agressões contra uma aluna transgênero, estudante da Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, no distrito de Braz Cubas, repercutiu nas redes sociais após a divulgação do Fórum Mogiano LGBT. Segundo o Boletim de Ocorrência, a vítima também havia sofrido discriminação racial e bullying em sala de aula devido a identidade de gênero.
Em nota enviada, destacada em reportagem de anteontem do Mogi News/Dat, o governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Educação, condenou o episódio de transfobia ocorrido na tarde de quarta-feira na Escola Estadual Galdino Pinheiro Franco, como destaca a reportagem do PortalNews publicada hoje. O episódio foi classificado como "pontual" e a escola tomou as devidas providências. (Colaborou Ingrid Leone)