Os postos de combustíveis do Alto Tietê ainda seguem com baixa movimentação, mesmo com a reabertura gradual do comércio na semana passada. Ainda assim, os estabelecimentos registraram aumento no valor do litro do etanol e da gasolina diretamente na bomba, no entanto, isso parece não ter relação com o aumento de circulação da veículos, mas sim com o reajuste promovido pela Petrobras junto às refinarias.
Os aumentos interromperam a sequência de quedas, sendo a última delas no mês passado, quando os preços haviam sofrido uma redução de 8%, entretanto, na semana passada o valor acabou subindo 10%, colocando mais um empecilho nas expectativas de vendas.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), que levantou os dados de Suzano e Mogi das Cruzes, até o dia 6, o aumento do valor para o consumidor havia ocorrido em Mogi antes mesmo do anúncio da Petrobras. Na cidade, os postos estavam registrando um valor médio de R$ 3,75, por litro de gasolina e R$ 2,51 no etanol, um aumento médio de nove centavos, em comparação ao mês passado. Devido ao anúncio da Petrobras, os valores podem aumentar mais.
Já em Suzano, o preço para o mesmo período continuava mais alto do que em Mogi, tendo em média um valor de R$ 3,77, para gasolina e R$ 2,58 para o etanol. Os valores no entanto, são mais baixos que o mês passado, tendo uma diferença média de quase 12 centavos, mas com o aumento de 10%, esta diferença deve se elevar.
Mesmo indo um pouco fora da curva com os preços, alguns postos suzanenses não estão registrando um fluxo maior de clientes. A gerente de um posto da avenida Brasília, na Vila Urupês, Luciene Pereira dos Santos, disse que não há uma mudança no movimento de clientes. "Em março e abril, nós tínhamos um movimento bom, mas depois disso acabou caindo bastante, reduzido cerca de 50% que está até hoje", disse.
A mesma situação é vista em Mogi pelo gerente José Hilton, que trabalha em um posto na avenida Governador Adhemar de Barros, em Braz Cubas. "Aqui nós temos bastante concorrência, então o preço as vezes é o que mais conta e com essas oscilações nos valores, acaba dificultando", comentou.
Em um estabelecimento suzanense da avenida Antônio Marques Figueira, na Vila Figueira, o gerente João Oliveira alimenta a expectativa de aumentar o movimento nas próximas semanas. "Ainda não sentimos o impacto na abertura do comércio, mas semana que vem pode ser que isso já comece a mudar".
No posto mogiano, localizado na avenida Francisco Ferreira Lopes, na Vila Lavínia, o movimento começa a melhorar. Segundo a auxiliar administrativa do posto, Vanessa Acioli. "A tendência é aumentar cada vez mais para voltar ao movimento de antes".
*Texto supervisionado pelo editor.