A tarifa dos táxis em Suzano será reajustada e ficará até 10,3% mais cara a partir deste domingo, de acordo com decreto publicado pela administração municipal. A justificativa para aplicação do reajuste, segundo o documento oficial, é o fato de o serviço carecer de elevação na tabela para atender os custos operacionais, tais como combustíveis e peças dos veículos.
Desta forma, a bandeirada inicial passará de R$ 4,50 para R$ 5 a partir da zero hora de amanhã. A bandeira I sofreu aumento de 10,3% e hoje é o último dia em que o passageiro vai pagar
R$ 2,90. A partir de amanhã esse valor estará atualizado em R$ 3,20.
A bandeira II e a hora parada foram reajustadas em 8,57% a mais, passando de R$ 3,50 para R$ 3,80 e de R$ 35 para R$ 38, respectivamente.
Segundo o decreto, nas corridas fora do município, essas tarifas sofrerão um acréscimo de 50%. "Deverão ser cobradas as tarifas pela bandeira II das 18 horas de sextas-feiras até as 6 horas de das segundas-feiras, bem como feriados", diz trecho do decreto.
Para os taxistas, essa correção autorizada não é um aumento real, mas, sim, reposição das perdas com custos de combustível e demais manutenções. A última alteração ocorreu em janeiro do ano passado, quando o índice de elevação no preço foi de 7,14%.
"Estamos defasados se comparar com as outras cidades da região, como Mogi das Cruzes, por exemplo. Então, esse não é bem um aumento", avaliou o taxista Antônio Pedro. No município mogiano, a bandeirada é R$ 5,39, ou seja, 7,79% mais cara que a de Suzano. "Mas, por outro lado, não dá para colocar um valor muito alto, porque a população vai reclamar, ainda mais com essa crise", observou, lembrando também que o movimento nos pontos de táxis caíram cerca de 30%.
O taxista Cirilo Rodrigues divide a mesma opinião que Antônio. "Esse reajuste está apenas repondo as perdas com combustível. Ganhos reais mesmo, nós não temos", afirmou.
Já o taxista Sebastião Clementino da Silva acredita que os passageiros vão se mostrar insatisfeitos com o reajuste tarifário. "Com
R$ 4,50 as pessoas já reclamam, imagina agora com
R$ 5", analisou. "O movimento já está devagar, acredito que com esse aumento vai diminuir mais".