O processo de expulsão do prefeito afastado Acir Filló do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi concluído e falta apenas formalizar a situação no cartório eleitoral, segundo informou o presidente do diretório de Ferraz de Vasconcelos, Clóvis Caetano da Silva. No entanto, enquanto ele afirma que o processo de expulsão foi concluído. Filló rebate e afirma que continua filiado, normalmente.
Em fevereiro, o diretório do PSDB realizou uma audiência de julgamento referente ao processo de expulsão, porém, o tucano não compareceu. "O diretório já fez a expulsão e não cabe mais recurso", afirmou Clóvis, que é o presidente da legenda em Ferraz. "A nível municipal, o processo já terminou e o Filló não pode recorrer".
Silva foi quem pediu a expulsão de Filló do PSDB. A solicitação foi encaminhada para a comissão de ética do partido que acatou o relatório. Uma audiência foi marcada, em fevereiro, para ouvir o prefeito afastado e as testemunhas, mas ninguém compareceu. "Ainda nesta semana, o diretório já comunica o cartório eleitoral", disse o presidente do diretório municipal.
O prefeito afastado afirma que o procedimento foi feito de maneira ilegal. "Não houve expulsão do partido. Estou filiado ao PSDB. Eu recorri e continuo no partido", afirmou Filló. "Me convocaram para comparecer na audiência em um sábado, que não é dia útil. Foi uma grande piada. As testemunhas nem foram ouvidas", ressaltou o político. Entre as três testemunhas estavam os vereadores Clenilson de Lima Dias, o Quequê e o parlamentar Luiz Fábio Alves da Silva, o Fabinho.
O presidente do diretório rebateu e disse que todo o processo foi feito dentro da legalidade.
O processo de desfiliação de Filló teve início em dezembro e foi motivado pelos contratos de compra de imóveis em nome dele, além do inquérito que investiga as denúncias de fraude na licitação da coleta de lixo.