Diariamente, aproximadamente 80 pacientes atendidos no Pró-Criança, no Mogilar, são provenientes de outras cidades do Alto Tietê e também de municípios da zona leste da capital paulista. Os números foram divulgados ontem pelo secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, durante a visita realizada para acompanhar o atendimento na unidade, que tem operado acima de sua capacidade, em função do grande número de casos de problemas respiratórios e suspeitas de H1N1.
Somente até às 11 horas de ontem 67 atendimentos haviam sido realizados no local. Destes, dez eram de crianças que não residem em Mogi das Cruzes e seis de pacientes que possuem convênio médico particular. "Estamos conversando com o prefeito Marco Bertaiolli (PSD) sobre a grande "invasão" de pacientes dos outros municípios. No Hospital Municipal, por exemplo, temos duas pessoas internadas de Ferraz. Em março, o Pró Criança atendeu 8,5 mil consultas, das quais 1,3 mil declararam que eram de outros municípios e 680 tinham plano de saúde. São casos que sobrecarregam o atendimento", comentou.
Exames
Cusatis comentou também sobre a demora do Instituto Adolfo Lutz no encaminhamento dos resultados de testes de H1N1. No entanto, praticamente descartou a possibilidade de o município passar a fazer as análises por conta própria, como foi feito com os exames de diagnóstico da dengue. "Temos duas formas de fazer o teste de H1N1: o swab, que é o cotonete, ou o PCR, que é o mesmo que se faz para detectar o zika vírus, mas é caríssimo. Há uma inviabilidade em fazer esse teste em todas as pessoas com suspeita de H1N1, mas temos cobrado os resultados. Hoje teve reunião de secretários da região cobrando a Secretaria de Estado da Saúde sobre o Adolfo Lutz", comentou. (S.L.)