Os professores da rede municipal de Poá voltarão a protestar, na próxima quinta-feira. Nesta data, a prefeitura apresentará as propostas sobre as reivindicações dos profissionais, que já foram discutidas no início do mês com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Poá (Sintep), quando parte da categoria paralisou os serviços e fizeram uma manifestação em frente ao paço municipal. Se as propostas não forem aceitas, uma greve poderá ter início.
Entre as reivindicações, estava o reajuste salarial de 27%, o que já foi descartado pelo prefeito Marcos Borges (PPS), por conta da vigência do período eleitoral, que entrou em vigor dia 2 de abril. A legislação impede a concessão de aumento real em salários dos servidores municipais. No entanto, foi proposto um índice referente a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que é de, aproximadamente, 11%.
Segundo o Sintep, a rede municipal de ensino tem cerca de 1,5 mil profissionais que atuam em 50 escolas. Destes, 971 são professores. A expectativa, segundo o sindicato, é que pelo menos 50% da categoria participem da manifestação, durante o período de negociações, a partir das 10h30 da próxima quinta-feira, na sede da Prefeitura de Poá, onde o prefeito vai recebê-los. "Estamos otimistas e esperamos que o governo cumpra o protocolo firmado na ultima reunião em 6 de abril", informou o sindicato, por meio de nota, sem descartar a possibilidade de greve, em caso de as negociações não avançarem. "Após a reunião com o governo, uma assembleia será realizada ainda no local para avaliar as possíveis propostas a serem apresentadas".
Durante as negociações, no início do mês, o Sintep também pediu aumento no vale-alimentação, concessão de saúde, revisão do estatuto e melhorias nas condições de trabalho. A administração municipal prometeu estudar as reivindicações e apresentar uma proposta nesta semana.
O presidente do Sintep, Rodrigo Botelho, ressaltou o fato de Poá ser o único município da região em que a categoria não teve propostas apresentadas. "Outras cidades da região já definiram os percentuais de reajustes antes mesmo do período eleitoral. Sabemos da atual crise financeira que se encontra o País e o mundo, mas os educadores não podem pagar esta conta" disse o sindicalista.