O ex-prefeito de Suzano Marcelo Candido continua com o título de eleitor suspenso, sem se filiar a um partido e sem conseguir reverter a suspensão de seus direitos políticos na Justiça. Isso porque o agravo de instrumento apresentado pelo político solicitando decisão liminar para efeito suspensivo de parte da condenação não foi aceito. Desta forma, o ex-petista terá que aguardar o julgamento do mérito do processo.
Sem conseguir anular a condenação de três anos de suspensão imposta e que passou a valer a partir de 2015, ele continua sem condições de se filiar a um partido, de participar do próximo pleito e até mesmo de votar ou ser votado.
Apesar de tudo isso, Candido ainda tenta a filiação no PDT para concorrer em outubro. O prazo para ingressar em algum partido acabou no último dia 2, mas as legendas devem apresentar os nomes aos cartórios eleitorais até o dia 14, o que poderá favorecer ainda alguns pretensos candidatos.
Histórico
A Justiça de Suzano já tinha negado no último dia 18 o pedido feito pelo ex-prefeito para reverter parte de sua condenação em primeira instância.
A ação civil pública resultante de uma denúncia apresentada pelo Ministério Público se refere à contratação de professores, iniciada ainda na administração do então prefeito e hoje deputado estadual Estevam Galvão (DEM), sem a realização de concurso público e sem motivo que justificasse a contratação urgente por meio de processo seletivo. A ação nº 0004233-27.2007.8.26.0606, que está na 2ª Vara Cível de Suzano, pode ser consultada no site do Tribunal de Justiça (TJ-SP).
Na ocasião, Estevam entrou com recurso e pediu a reforma da condenação, o que acabou sendo atendido. Assim, ele conseguiu que a suspensão deixasse de valer.
Candido, por sua vez, não recorreu na época. Neste mês, o ex-petista solicitou à Justiça que o benefício concedido a Estevam fosse estendido a ele. O pedido, porém, foi negado.