O parque de hidrômetros instalado em Mogi das Cruzes pelo Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) está atualmente com 94% de aparelhos com menos de 5 anos de uso. A medida integra a campanha de redução de perda de água e de combate a fraudes, já que hidrômetros novos são mais precisos, o que evita desperdícios. A meta é que, até o final de 2016, todos os aparelhos da cidade estejam dentro desta faixa de tempo de utilização. 
Somente no ano passado, mais de 33 mil hidrômetros foram substituídos.
Além de uma medida para redução de perda de água, o trabalho também atende a uma recomendação do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), órgão do Ministério Público de São Paulo, e ao Plano Diretor de Água do município. A substituição não tem custo para os moradores.
"Após cinco anos, os hidrômetros já não registram o consumo de maneira correta, e isso é um prejuízo para a cidade", explica o diretor-geral da autarquia, Marcus Melo. "Com as substituições, temos medições mais precisas", completa.
Apesar de não haver custos, há casos em que o morador apresenta resistência às mudanças. Nessas situações, a equipe da autarquia instala o hidrômetro por meio de caixas-padrão, do lado de fora da residência, na calçada ou na parede, com acabamento em alvenaria.
"Estas são medidas que precisamos adotar. É um trabalho em parceria entre o Semae e o Gaema", afirma o diretor adjunto, Dirceu Lorena de Meira. Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado em fevereiro de 2015 entre a autarquia e o Ministério Público.
Além da substituição de hidrômetros, o Semae realiza outras ações para reduzir as perdas de água. Uma delas é a Setorização de Brás Cubas, que consiste na subdivisão da rede do distrito em sistemas menores (com instalação e/ou nivelamento de registros, instalação de hidrômetros de grande porte e de válvulas redutoras de pressão, substituição de cavaletes e ramais, além do conserto de vazamentos em cavaletes). Esta divisão em sistemas menores agiliza as manutenções, quando há vazamentos.
A autarquia também faz um trabalho de detecção de vazamentos não-visíveis (que são aqueles em que a água não aflora à superfície), por meio da técnica conhecida como geofonamento, popularmente chamada de caça-vazamentos. 
As equipes também passaram de seis em 2009, para 21, em 2015.
Com isso, houve a redução do tempo de reparo: há sete anos, a autarquia tinha uma média diária de 1.100 ordens de serviços abertas para manutenção na rede de água; número que baixou para 40, atualmente.