O governo federal enviou, somente no mês de março deste ano, pouco mais de R$ 11 milhões referente ao pagamento de Bolsa Família para aproximadamente 77 mil famílias do Alto Tietê. Pelo menos 310 mil pessoas são beneficiadas todos os meses por esse recurso destinados a população que vivem em extrema pobreza (com renda de até R$ 77 por mês) e grande vulnerabilidade social.
De acordo com dados enviados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Mogi é a cidade com mais famílias recebendo o repasse, sendo mais de 22 mil no total, o que soma um repasse de pouco mais de R$ 4 milhões por mês. Em seguida está Itaquaquecetuba, com 20 mil famílias beneficiadas e um montante de R$ 2,9 milhões. (veja no quadro ao lado)
Segundo o MDS, o número pessoas que recebem o benefício varia mensalmente, isso devido ao fluxo mensal de famílias que entram e saem do programa. A elevação dos números decorre do aumento da renda familiar e da falta de atualização cadastral, que também está, em grande parte, associada à melhoria de renda.
Para continuar recebendo o repasse da União, as famílias precisam fazer a cada dois anos a revisão cadastral, que é uma das etapas de rotina de controle do Bolsa Família, programa que tem mantido o foco na transferência de renda para os mais pobres. Por meio desse processo, cada família deve atualizar seus dados a cada dois anos e são chamadas, por meio de carta e do extrato do pagamento, a comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) ou aos postos das prefeituras. A revisão cadastral de 2015 foi concluída em março passado.
As famílias convocadas para a revisão também tiveram o benefício cancelado, como determinam as regras. Por esse motivo, foram cancelados os benefícios de 467,2 mil famílias em todo o País. Muitas famílias que melhoram de renda simplesmente deixam de atualizar os cadastros porque não precisam mais dos benefícios, em média de cerca de R$ 165, pagos mensalmente pelo Bolsa Família como complemento de renda.