A terceira e última etapa da Campanha de Vacinação contra a Gripe H1N1 teve início ontem na região com a imunização de puérperas e pessoas com comorbidades (duas ou mais doenças relacionadas). Ao contrário do que ocorreu nas fases anteriores, o movimento nas unidades, ao menos nas primeiras horas após o inicio da aplicação das vacinas, ficou abaixo do esperado.
Na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes, por exemplo, até por volta das 11 horas, 100 doses haviam sido aplicadas. Uma pequena fila se formou no local, mas, ainda assim, a procura não foi considerada intensa. "Embora este grupo que está iniciando a vacinação hoje seja, de fato, menor que os anteriores, esperávamos que houvesse uma maior movimentação. Inclusive, boa parte das doses foram aplicadas em idosos, ou seja, em pessoas que já poderiam ser vacinadas nas etapas anteriores", disse a técnica de enfermagem Tatiane Aparecida Andres.
Entre os mogianos que foram imunizados ontem está a supervisora de vendas, Kátia Aristeu Jesus, de 36 anos, que sofre de problemas respiratórios crônicos. "Eu sofro de crises asmáticas. Achei muito bom eles terem antecipado a vacinação principalmente porque depois que foi noticiada uma morte na cidade por H1N1 a preocupação aumentou ainda mais", comentou.
Já na UBS de Jundiapeba, uma tenda foi montada na entrada da unidade, justamente para evitar que a procura pela vacina pudesse atrapalhar o atendimento regular. No local, palhaços do grupo "Semeando Alegria", ajudaram as crianças a perderem o medo de tomarem injeção. 
A aposentada Jussara Terezinha Carvalheiro, de 55 anos, que sofre de doenças crônicas, aproveitou para se imunizar logo no primeiro dia. "Do jeito que andam as coisas, não dá para perder tempo. Seria ótimo se isso (vacinação) fosse para todos", destacou.
Na UBS da Vila Suíssa, em César de Souza, o movimento também era tranquilo. Para agilizar o procedimento, o atendimento de crianças e adultos foi separado. Desta forma, aqueles que foram se vacinar não precisaram aguardar muito tempo para ser imunizados.
A mesma medida foi adotada na UBS central de Suzano, onde a procura pela imunização também ficou abaixo do esperado. A ausência de filas agradou o comerciante Osmar Costa, 61. "Esse é o segundo ano que tomo a vacina contra a gripe e acho importante. Ano passado não tive nenhuma gripe forte. E agora, com a H1N1, a gente fica mais preocupado", concluiu.