A reintegração de posse de uma área de 20 mil metros quadrados no Jardim Suzanópolis, em Suzano, foi adiada para julho. Inicialmente, a ação seria realizada no dia 29 de março, mas acabou sendo remarcada para 26 de julho após reunião realizada anteontem entre a Polícia Militar, oficiais de Justiça, representante dos donos do terreno, da prefeitura e da Câmara, além de um grupo de moradores do terreno que será desocupado.
De acordo com o vereador Vanderli Ferreira Dourado (PT), o Derli do PT, que participou da reunião, o encontro aconteceu anteontem, no 32º Batalhão da Polícia Militar. "Todas as partes estavam representadas e lá ficou decidido que a reintegração seria adiada em quatro meses. A ideia é que essas 240 famílias afetadas se organizem, que a Prefeitura de Suzano atendas essas pessoas, que faça todos os cadastros em habitações sociais e que se tome providências para que ninguém fique na rua após a retirada dos imóveis".
A área particular que foi invadida há mais de 15 anos está localizada entre as ruas Leonor Edméia de Castro e Fábio José dos Santos, no Jardim Suzanópolis, onde várias casas de alvenaria foram construídas. Inclusive, há pessoas que moram no local há mais de uma década. Segundo Derli, o advogado José Raimundo Diniz representou os donos do terreno, mas não soube informar exatamente quem são.
Ainda de acordo com o parlamentar, que foi escolhido para liderar a comissão de vereadores, todos os terrenos foram comprados com "contratos de gaveta" há mais de 20 anos e, depois da morte do proprietário original do terreno, sua família entrou com o processo de reintegração de posse. O processo tramita desde 1999, mas nenhum morador foi citado formalmente, conforme o Dat apurou.
"Estas pessoas não podem ficar sem moradia, então conversei com o prefeito (Paulo Tokuzumi) e pedi para que a administração municipal tome alguma medida com urgência", explicou o vereador. "O adiamento da ação de reintegração ajuda um pouco, pois essas pessoas ficariam na rua se fossem expulsas de suas casas neste mês. Enquanto isso, é preciso que a prefeitura tome medidas para garantir a seguridade das famílias".
Questionada, a administração municipal informou que "está em contato constante com as famílias e realizando o cadastro social daquelas que ainda não possuem o mesmo".