As prefeituras do Alto Tietê já estão sentindo um aumento no número de atendimento de pessoas com sintomas de gripe na rede municipal de saúde. O volume maior de pessoas se deve, entre outras coisas, ao surto de casos de gripe A, causada pelo vírus H1N1, no Estado, onde 38 pessoas já morreram por causa da doença.
De acordo com as administrações municipais, além de buscarem atendimento aos primeiros sinais de gripe, muitas pessoas têm procurado as unidades de saúde para receber a vacina contra o H1N1, que será aplicada a partir do dia 11 nos grupos prioritários, que incluem gestantes, idosos e crianças entre seis meses e 5 anos.
Essa situação foi percebida pela Prefeitura de Poá. Segundo a Secretaria de Saúde do município, "nos últimos dias houve um discreto aumento de pessoas com sintomas gripais procurando as unidades básicas de saúde". A pasta ressaltou ainda que "há uma procura por pessoas que não apresentam sintomas de gripe, porém estão interessadas em receber a imunização".
Em Itaquá, a administração municipal também já notou um número maior de pacientes em UBSs e também no Pronto-Socorro Municipal em função do surto da doença e também das viroses, mais comuns nesta época do ano.
Em Suzano, a procura pelos serviços básicos de saúde também aumentou. "Ainda não há estimativa da porcentagem de aumento porque os postos não enviaram os relatórios à secretaria, mas não há registro de casos sem atendimento. Por enquanto a rede está conseguindo absorver tal demanda", explicou a Secretaria de Saúde, em nota.
A pasta também ressaltou que aguarda uma orientação da Secretaria de Estado da Saúde, que será passada durante a reunião marcada para a próxima segunda-feira, para definir quais serão as novas estratégias necessárias para impedir o avanço da doença.
Em Mogi das Cruzes, no mês de março, a Secretaria de Saúde registrou um aumento médio de 30% nos Pronto Atendimentos da cidade, principalmente para crianças. Em seis unidades que prestam serviço 24 horas (Jardim Universo, Jundiapeba, Santa Casa, UPA, PA Infantil do Hospital Municipal e Pró-Criança) foram computados 48.782 atendimentos em março. A média nos meses anteriores era de aproximadamente 35 mil.
"A principal queixa é infecção das vias aéreas, seguida de amigdalite, faringite aguda (resfriado), diarreia e gastroenterite de origem infecciosa e náuseas e vômitos não identificados", explicou a pasta.
Recomendações
A recomendação das prefeituras é que a população procure a unidade de saúde básica apenas em casos de presença de sintomas de gripe, como febre alta e dor no corpo, e que os serviços de pronto atendimento sejam procurados apenas em casos graves, de urgência e emergência de fato.
Principalmente em relação às crianças, a orientação é que, em casos leves, os pais ou responsáveis optem por uma consulta agendada no posto de saúde mais próximo pelo SIS 160, de acordo com a Prefeitura de Mogi.