Hoje comemora-se a Páscoa, uma data que, ao meu ver, vai além da fartura dos doces de chocolate e de sua proximidade com feriados que nos possibilitam esticar até o litoral. Trata-se da maior festa do cristianismo e que significa "a passagem de Cristo deste mundo para o Pai, da morte para a vida, das trevas para a luz", em referência a ressurreição de Jesus.
Páscoa corresponde à festa da libertação e é celebrada após a Quaresma. É o tempo do recomeço. Uma segunda chance que a vida nos oferece para refletirmos sobre nossos atos e essência, rumo à conversão e ao crescimento espiritual e pessoal. É a época do renascimento e de respeito àquele que tanto fez por nós e que morreu por nós.
Independentemente de religião, rever conceitos e mudar cabe a todos. Todos nós nascemos com a competência de darmos aquela sacolejada após um momento de ponderação, que não precisa necessariamente ocorrer próximo à Páscoa. E que fique claro: de nada adianta, também, aventurar-se neste ideal apenas neste período e fazer do resto do seu ano um balão de ensaio mal programado, com direito a ofensas, falta de respeito e inverdade com o outro e, sobretudo, com si mesmo!
Coleciono muitas conquistas - vitórias que vieram até mim por meio de batalhas (algumas venci, outras, perdi honestamente), concessões, estudo e dificuldades diversas, como ser acometida por uma grave enfermidade e até sentir o gosto amargo de ser vítima da falta da segurança pública. Também já sofri e sofro perseguição, tive contratempos (quem não os tem?), e, todos os dias, enfrento dissabores - às vezes, já conhecidos, mas travestidos!
Ou seja, sou uma pessoa comum, mas que sempre repensa sobre a forma de ser e agir frente aos problemas, tudo para que eu tenha a tal segunda chance e possa crescer com eles.
O respeito e a crença em Deus e, especialmente, em nós, aliados à chance de evoluirmos é o que nos faz encarar as diversidades, superá-las e contemplarmos as vitórias.