Um possível problema de falta de materiais de trabalho, além do corte de funcionários no Hospital das Clinicas Luzia de Pinho Melo, foi discutido ontem em boa parte da sessão ordinária, realizada na Câmara Municipal. A informação, no entanto, foi negada pela direção da unidade.
O assunto foi abordado pelo vereador Clodoaldo de Moraes (PR), que solicitou uma averiguação "mais profunda" por parte do legislativo, em especial da Comissão Permanente de Saúde.
"Não há luva cirúrgica e nem álcool no dia a dia do hospital. Isso foi confirmado, tanto pelo pessoal da enfermagem, quanto pelos próprios médicos que estão sofrendo dificuldade em poder dar prosseguimento ao atendimento. Há uma enorme fila de pessoas que aguardam cirurgias, porque os hospitais mantidos pelo governo do estado não estão atendendo a população como deveriam", disse.
O presidente do legislativo, Mauro Araújo (PMDB), por sua vez, afirmou que as queixas apresentadas pelo vereador não condizem com a realidade que lhe foi apresentada pelos diretores do hospital, durante uma visita institucional realizada no dia 4.
"Eles me apresentaram uma certificação que acabou de ser renovada no Ministério da Saúde e que poucos hospitais do Brasil têm, que é o 'nível três', a avaliação de 'excelência de administração'. O que vi é um hospital que tem os seus problemas, como todo equipamento público, e um excesso de procura. Muitas pessoas não precisariam estar ali", comentou.
Em nota, a diretoria do Hospital Luzia de Pinho Mello esclareceu que "não procede, de forma alguma, a denúncia de falta de materiais ou de enfermeiros na unidade". 
Ainda segundo o texto, "o quadro de profissionais encontra-se completo, com 734 enfermeiros, quantidade apropriada para os atendimentos realizados na unidade".
Por fim, ressaltou que "não houve qualquer corte ou ampla redução, conforme cita o parlamentar".
A diretoria salienta ainda que "não há registro de visita do vereador que fez tais citações".