Em Mogi das Cruzes, crianças com idade entre 18 meses e 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias) precisam tomar vitamina A a cada seis meses. O cuidado faz parte do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, instituído pelo Ministério da Saúde com o objetivo de controlar a deficiência nutricional e contribuir para a redução da mortalidade infantil. Os pais ou responsáveis devem levar a criança a uma unidade de saúde próxima de sua residência.
O atendimento é feito na sala de vacina da unidade de saúde, uma vez que a dose é aplicada de forma presencial, diretamente na boca da criança, da mesma forma como é ministrada a vacina em gotas. "Em Mogi, há uma boa aderência na utilização do medicamento Adtil para crianças de seis a 18 meses, por isso a suplementação de vitamina A foi direcionada a partir desta idade", explica a nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde, Tatiane Watanabe. A exceção, segundo ela, são crianças que, por recomendação médica, já façam uso de algum polivitamínico.
A deficiência de vitamina A é considerada um problema de Saúde Pública moderado, no entanto, evidências científicas referentes ao impacto da suplementação com vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade apontam para redução do risco global de morte em 24%; de mortalidade por diarreia em 28%; e de mortalidade por todas as causas, em crianças HIV positivo, em 45%.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a suplementação profilática de vitamina A deve fazer parte de um conjunto de estratégias para a melhoria da ingestão desse nutriente, associada à diversificação da dieta. A deficiência desta vitamina pode causar problemas oculares, como a diminuição da sensibilidade à luz levando até a cegueira parcial ou total. As fontes de vitamina A são as carnes vermelhas e as frutas e legumes de cor amarelo-alaranjado como abóbora, mamão e cenoura, ricos em betacaroteno.