Tivemos vários arujaenses em meio à multidão que tomou a Avenida Paulista no último domingo, dia 13, em protesto contra a corrupção. Os moradores de Arujá uniram-se aos paulistanos para se manifestar por um Brasil melhor. A precariedade dos serviços públicos, a pesada carga tributária, o desemprego, dentre outros temas, estão tirando o sono dos brasileiros.Vivemos um momento histórico no País, no qual o cidadão, que dizia-se desiludido com a política, agora solta a voz, toma as ruas, mostra a sua força, posicionando-se por mudanças. Em outubro teremos rara oportunidade de mudar o destino de todos os 5.570 municípios brasileiros, sendo a grande ocasião para os protestos das ruas espelhar essa idêntica vontade nas urnas.Nesta semana, a Avenida Paulista ficou bloqueada por horas devido à manifestação. E os gritos por ordem têm ecoado no alto escalão do Legislativo e do Judiciário. O Congresso, por sua vez, retomou o processo de impeachment, que é o meio legal e admissível para discussão da mudança no poder central do Brasil.Há grande expectativa quanto aos rumos da nação, e nos próximos dias novos episódios se desenrolarão. Em meio a tantas incertezas, contudo, temos uma evidência: está despertando a consciência política da população.O que é muito positivo, como já dissemos, principalmente em um ano eleitoral. É passada a hora das pessoas que dizem não gostar de política, ou que por vezes são omissas nesse assunto, mudarem de postura. É compreensível a desconfiança e o descrédito quanto ao tema, afinal o Brasil é tido como um dos países mais corruptos do mundo. Mas se os cidadãos "de bem" não se apresentam para o debate, o espaço acaba sendo ocupado por pessoas "mal-intencionadas".A política tem sido, muitas vezes, ferramenta de favorecimento próprio, quando na verdade deve ser um instrumento para solucionar os problemas sociais, culturais, para o crescimento das cidades e desenvolvimento dos serviços públicos. Este é o sentido real de política! É por ele que o povo deve lutar. Calar-se não ajuda. Teremos brevemente as urnas. Um povo mudo não muda a nação.