O prefeito em exercício de Ferraz de Vasconcelos, José Izidro Neto (PMDB), instaurou um processo de sindicância para apurar as de núncias de irregularidades supostamente cometidas pelo prefeito afastado Acir Filló (PSDB), que resultaria em improbidade administrativa, no qual o tucano é acusado de enriquecimento ilícito. O político foi denunciado por fazer compras milionárias de imóveis não declarados à Receita Federal.
Segundo informações da administração municipal, a sindicância foi determinada por Izidro Neto a pedido da Procuradoria de Ferraz, para a apuração de possíveis atos de improbidade administrativa praticadas por Filló. Há uma comissão permanente de sindicância e processo administrativo disciplinar, que ficará responsável pela investigação que está composta pelos procuradores Marcus Vinícius Santana Matos Lopes, que é o presidente; Gabriel Nascimento Lins de Oliveira, o secretário; Gustavo José Rossignoli, membro suplente; e Sandra Cristina Holanda, que é membro da comissão.
O que levou o prefeito em exercício a instaurar a sindicância foram os indícios de irregularidades, de acordo com nota da prefeitura que ressaltou: "é dever da autoridade investigar e apurar a veracidade dos fatos. A omissão pode ser caracterizada como crime de prevaricação, além de outras consequências legais".
A administração municipal ainda informou que, neste caso, houve denúncia à procuradoria municipal, que levou os fatos para a autoridade, com o objetivo de que fossem adotadas as medidas cabíveis, outro motivo para a abertura da sindicância por parte da prefeitura.
Os contratos de compra e venda de diversos imóveis está sendo o alvo desta sindicância. Segundo documento apresentado pela câmara de Ferraz, na última sessão de segunda-feira, Filló adquiriu mais de R$ 6,8 milhões em patrimônios, no período de um ano, com o salário de prefeito, que é de, aproximadamente,
R$ 20 mil. Ou seja, os rendimentos foram considerados incompatíveis com a renda do tucano.
Comissão
A Comissão Processante (CP) aprovada pelo Legislativo, no último dia 15, deve notificar o prefeito afastado hoje. A CP investiga possíveis irregularidades no processo licitatório de contratação de uma empresa de call center.
A empresa Tamiris Brito de Souza-ME recebeu
R$ 672,5 mil, mas nunca prestou o serviço na cidade. A CP tem um prazo de 90 dias para concluir os relatórios de investigação e levar à Câmara para decidir a cassação de Filló.