A sessão da Câmara começou tumultuada na tarde de ontem. A confusão foi iniciada depois que o presidente do Legislativo, vereador Mauro Araújo (PMDB), sugeriu a implantação de novas regras para o período usado para fala dos vereadores. O parlamentar pediu que "um acordo de cavalheiros" fosse firmado para que os vereadores que não falaram na primeira sessão da semana tivessem prioridade para se inscrever na de quarta-feira. A sugestão não foi bem recebida por parte dos parlamentares.
A ideia de regulamentar o tempo que cada vereador usa para foi tomada por causa da implantação da TV Câmara, que passou a funcionar no fim do ano passado. Desde que as sessões começaram ser transmitidas pelo canal aberto, o número de vereadores que se inscrevem para falar cresceu exponencialmente. O efeito da transmissão atingiu especialmente os parlamentares que não costumavam utilizar a tribuna.
No início do mês, Araújo havia criado uma comissão de vereadores para adequar o regimento interno à operação da TV Câmara. O grupo de parlamentares terá o prazo de 60 dias para apresentar as propostas. "Enquanto a comissão não estabelece um regimento para a TV Câmara, vamos fazer a experiência dos vereadores que se inscreverem na terça-feira darem a preferência para aqueles que não falaram no dia anterior. Vamos deixar os 15 primeiros minutos para esta inscrição. Todos terão direito a falar. Desde que a TV Câmara foi implantada, o número de inscritos triplicou", afirmou.
A sugestão não foi bem aceita e a discussão tomou cerca de 15 minutos da sessão. "Vários vereadores desejam falar na sessão. A comunidade tem que saber o que o vereador pensa e ouvir suas ideias. É saudável este debate", avaliou o vereador Iduigues Ferreira Martins (PT).