As obras para a construção da Praça da Juventude, em Poá, está paralisada há mais de um ano e virou ponto de encontro para vândalos e usuários de drogas. A construção do espaço, que estava destinado ao lazer da população, foi um dos motivos que afastou do cargo o então prefeito Francisco Pereira de Sousa (SDD), o Testinha, que pagou R$ 800 mil em serviços que não foram executados. A situação foi alvo de sindicância e diversas críticas do atual prefeito Marcos Borges (PPS), que também não deu andamento ao projeto.
As condições atuais da futura praça são de completo abandono. O mato está alto e tomou conta de todo o terreno. As portas que garantiam a segurança do local foram destruídas e ficam abertas para quem quiser ter acesso. A área é invadida com frequência por vândalos e as estruturas inacabadas viraram abrigo para usuários de drogas e esconderijo para criminosos, segundo relatos de vizinhos do empreendimento.
O espaço, onde a praça seria construída, está localizado entre a rua Gardênia e a avenida Leonor Bolsoni Marques da Silva, no Conjunto Alvorada. O terreno também fica entre a linha férrea da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a Associação de Pais e Amigos do Excepcionais (Apae).
Segundo informações de quem mora próximo ao local, todos os dias, vândalos invadem o empreendimento e sobem em uma estrutura para lançar pedras nos trens em movimento.
A Praça da Juventude era resultado de uma parceria com o governo federal, através do Ministério dos Esportes com a Prefeitura de Poá. O projeto da área de lazer e esporte previa uma pista de skate, pista de cooper, área para exercícios, quadra coberta, dois vestiários comuns, dois vestiários para Portadores de Necessidades Especiais (PNE), dois sanitários comuns e dois para PNE, palco com arquibancada, quadra de vôlei de praia, campo de futebol, administração, sala destinada ao público da melhor idade, sala de ginástica e sala de reunião. A previsão era para que a praça fosse entregue no final de 2014. Alguns cômodos chegaram a ser construídos, mas estão inacabados.
A reportagem do Dat entrou em contato com a Prefeitura de Poá nesta segunda-feira, mas, até ontem, ninguém se posicionou sobre o assunto.