Moradores da Vila Natal, um dos bairros atendidos pelo mutirão de combate ao Aedes aegypti, realizado ontem, elogiaram a ação desenvolvida pela Prefeitura. O local está na lista dos 10 pontos com maior número de focos de criadouros do mosquito, segundo o resultado parcial da Análise de Densidade Larvária (ADL).
Entre os imóveis visitados pelos agentes do Centro de Controle de Zoonoses está o do aposentado José Iannuzi, de 78 anos, que adota todas as medidas para não ter água parada em casa. “Eu agradeço deles estarem vindo. Pois a gente faz a nossa parte, mas sabe que tem muita gente que não liga. Só eles irem e fiscalizando para ver se o pessoal toma jeito”, disse.
Com a mesma receptividade os agentes foram recebidos pela dona de casa Filomena Machado de Sousa, de 75 anos. “É muito bom eles estarem indo nas casas e cobrando atitude. Nessa região tem muito imóvel abandonado onde as pessoas costumam jogar lixo. É um perigo e a gente fica com medo”, comentou.
A preocupação com o risco de contrair a dengue, chikungunya e principalmente o Zika Vírus, também foi destacada pelo aposentado Hélio Francisco Pereira, de 76 anos. “Eu acho ótimo eles estarem fazendo isso. Aqui em casa eu tomo todos os cuidados para o mosquito não procriar. O problema é que muitos moradores não fazem o mesmo”, frisou.
Defesa Civil

Durante o mutirão do Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, foram encontrados quatro casos onde a existência de focos de criadouros do mosquito é considerada grave.
Em dois casos houve a necessidade do uso da legislação municipal, que permite que os agentes adentrem nos imóveis, mesmo sem a autorização dos proprietários. “Uma delas na Gaspar Conqueiro, no Alto do Ipiranga, onde um imóvel desocupado estava cheio de. Não houve necessidade de romper nenhum obstáculo, nem provocar danos. Os agentes entraram e fizeram a vistoria e já na segunda-feira estaremos emitindo uma notificação para que seja feita toda a limpeza do local, sob pena de multa em caso de descumprimentos”, explicou o secretário de Segurança Pública, Eli Nepomuceno.
Já o segundo caso ocorreu na rua Prefeito Carlos Alberto Lopes, no Jardim Camila. “Uma residência onde havia um morador, que no primeiro momento não quis permitir o acesso. Mas depois de uma conversa, eles entraram e encontraram muito lixo. Foi necessário acionar a Secretaria de Serviços Urbanos para remover o material”, esclareceu.