Entre os anos de 2000 e 2015 a taxa de mortalidade infantil registrada em Mogi das Cruzes caiu quase pela metade (47,7%). Dados divulgados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde apontam que, neste período, o número de óbitos de bebês menores de um ano, a cada mil nascidos vivos, caiu de 22,03 para 11,50.
De acordo com o levantamento, em 2000, 6.764 crianças nasceram vivas. No entanto, 149 vieram a óbito antes de completarem o primeiro ano de vida. Já no ano passado foram 6.518 nascimentos e 75 mortes registradas.
A taxa de 2015 foi a segunda menor registrada pelo município ao longo dos últimos 16 anos. Ficou atrás apenas dos 11,40 contabilizados em 2008. Na ocasião, 6.234 bebês nasceram vivos e 71 menores de um ano faleceram.
Já no comparativo com 2014, a taxa de mortalidade infantil do município teve queda de 16%. Na ocasião, o indicador estava em 13,7 mortes por mil nascidos vivos.
O secretário municipal de Saúde, Marcello Cusatis, avaliou os resultados como sendo "bastante positivos" e destacou os trabalhos desenvolvidos pela Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes. "Um dos dados principais é que, além de derrubarmos para 11,5 a taxa de mortalidade de Mogi, a Santa Casa hoje é a maternidade com menor coeficiente de mortalidade. Sua taxa ficou em 7,72, enquanto as duas maternidades particulares tiveram, respectivamente, coeficientes de 11,15 e 9,66", disse.
Para Cusatis, a redução na taxa de mortalidade infantil é resultado de uma série de fatores que vão desde aspectos básicos, como a ampliação da rede de saneamento básico no município, até ações de acompanhamento a gestantes e recém-nascidos. "Alcançamos um indicador que, além de ter caído, é também uma das menores taxas da história de Mogi", comentou.
Por fim, destacou que a meta do município é reduzir este número cada vez mais. "A taxa de mortalidade infantil é uma somatória de nascimentos e mortalidades em todos os hospitais públicos e privados. É um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de saúde da população, em especial das crianças menores de um ano. O objetivo é chegar a níveis europeus e apresentar apenas um dígito nos números da mortalidade infantil. Este é o nosso grande sonho", frisou.
A secretária municipal adjunta de Saúde e presidente do Comitê de Mortalidade Materno Infantil, Rosangela Cunha, por sua vez, destacou que as causas das mortes são as mais variadas. "Dentre os casos registrados nós tivemos 30 considerados inevitáveis, que são aqueles que ocorrem, por exemplo, devido à má formação do bebê. Outros 45 foram evitáveis, que acabaram acontecendo em razão de fatores como a não realização do pré-natal. Mas a mortalidade infantil engloba todas as mortes de bebês menores de um ano, então há causas diversas, como tiro e atropelamento", explicou.