A Prefeitura de Suzano tem cobrado incessantemente ajuda da população no combate aos focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus, mas tem esquecido de fazer sua própria "a lição de casa", que é manter os prédios e áreas públicas monitoradas e sem água parada. O Dat esteve no pátio desativado de veículos apreendidos no Jardim Monte Cristo e encontrou vários carros acumulando água dentro de suas carcaças, além de muitos pneus abandonados.
O pátio, além de estar coberto de mato, apresenta alto risco de procriação do mosquito aedes aegypti. Alguns veículos estão com afundamentos no teto, por exemplo,  onde estava água empoçada. O mesmo aconteceu nos espaços destinados aos pneus reserva, por exemplo. A quantidade de água em um dosnesses locais era grande, o que torna sua evaporação demorada. É de conhecimento público que a água parada e limpa é o cenário ideal para que as larvas dos mosquitos surjam.
O Dat encontrou ainda uma área parcialmente coberta repleta de pneus, sendo que alguns estavam úmidos e outros já apresentavam acúmulo de água. Nem mesmo o "Dia D", realizado na última sexta-feira em Suzano, fez com que agentes da prefeitura verificassem o risco existente no pátio d e veículos. Na ocasião, foram realizadas inúmeras ações de conscientização, mas ao que tudo indica o trabalho não foi suficiente nem mesmo para conscientizar o Poder Público, já que as áreas públicas, que deveriam servir como exemplo, não estão livres do problema.
Prefeitura
Questionada pelo Dat sobre a situação, a Secretaria de Saúde informou que as equipes de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Suzano "realizam constantemente ações preventivas em toda a cidade, de acordo com as notificações e os casos que são acompanhados diariamente". Nos prédios e áreas públicas, segundo a pasta, também é "feita a prevenção primária, sendo que em alguns casos os próprios funcionários administrativos, que passaram também por uma capacitação técnica de combate à dengue, fazem esse trabalho".
Sobre o pátio de veículos apreendido, a última ação no local foi feita na primeira quinzena de janeiro, segundo a administração municipal, apesar das chuvas constantes registradas quase diariamente nas últimas semanas. "Na ocasião, focos do mosquito foram retirados e possíveis carcaças que podem acumular água foram furadas pelos agentes de vigilância para não trazerem riscos à saúde pública". Conforme o Dat apurou no local, algumas estruturas abandonadas no local ainda precisam de uma atenção maior e mais cuidadosa por parte desses agentes.