Dos cinco poços artesianos anunciados pela Prefeitura de Mogi das Cruzes para amenizar a crise hídrica, apenas um sairá do papel. O projeto anunciado há um ano previa a construção dos poços para garantir o abastecimento da população durante uma eventual falta de água. No entanto, segundo o diretor-geral do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), Marcus Melo, com o afastamento desta possibilidade, apenas o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes contará com o sistema.
No projeto inicial, além do hospital, dois poços seriam construídos em Jundiapeba. Botujuru e Jardim Santa Tereza também seriam beneficiados. Na época, as perfurações estavam orçadas em R$ 1,2 milhão. "Fizemos a ata de registro de preço e seguramos um pouco, visto que não tinha a necessidade de fazer o investimento para uma eventual falta de água. Vamos perfurar um poço no hospital. Em um eventual problema da cidade é importante que ele tenha autonomia", esclareceu Melo.
Seis poços
De acordo com o diretor-geral, a cidade conta com seis poços artesianos: Parque São Martinho, Nove de Julho, Barroso, Biritiba Ussú, Varinhas e Boa Vista, sendo que o último passou recentemente por ampliação.
De 7 metros cúbicos por hora em 2009, a estrutura passou a gerar 26,5 metros cúbicos por hora em 2015. Com o investimento, o bairro não precisa mais ser abastecido por caminhão-pipa.
Ainda segundo ele, a dependência de carro-pipa nos bairros tem caído ao longo dos anos, devido a investimentos na ampliação de redes e construção de reservatórios. Em 2009, 119.899,26 metros cúbicos foram implantados na cidade. Em 2015, este montante foi para 48.988,40. (L.N)