Hoje, último domingo do mês de janeiro, é o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, mas durante todo o ano, o Programa de Controle da Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde promove ações de conscientização sobre a doença, ressaltando os sinais no corpo e a busca pelo tratamento.
Antigamente conhecida como lepra, a hanseníase pode se manifestar de 2 a 10 anos depois do contágio. O primeiro sintoma é o surgimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas no corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. Outros sinais são a presença de caroços e inchaços e de áreas com diminuição de pelo e do suor.
"Na constatação desses sinais, o paciente deve procurar uma unidade de saúde ou diretamente o Programa de Controle a Hanseníase para avaliação e exames. Quanto mais cedo a doença for descoberta para início do tratamento, menores as chances do paciente sofrer sequelas", explica o médico Rodolfo Tagawa, coordenador do programa. Atualmente, nove pessoas estão em tratamento no ambulatório e cerca de 900 pacientes estão cadastrados para acompanhamento na cidade.
Histórico
Mogi das Cruzes ainda concentra casos de hanseníase porque, na década de 1930, foi implantado no distrito de Jundiapeba, onde hoje funciona o Hospital Dr. Arnaldo Pezzutti Cavalcanti, o antigo Asilo Colônia Santo Ângelo. Lá, os portadores de hanseníase viviam isolados. Embora a hanseníase não seja uma doença hereditária, ela é transmitida pelo ar através do contato prolongado com uma pessoa contaminada. Atualmente, não é necessário o isolamento porque, iniciado o tratamento, a transmissão não ocorre mais.
O Programa de Controle a Hanseníase funciona na Unidade de Atendimento aos Programas de Saúde (UAPS 1), que fica na rua Rui Barbosa, 174, Jardim Santista. Informações pelo telefone 4735-2336.