O mundo bélico, alicerçado no poder de fogo, não respeita as fronteiras do bom senso e muito menos os acordos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) que promove a paz mundial.
Algo chamado de "complexo industrial-militar" dita os rumos do mundo em função dos seus interesses comerciais, desfraldando, com falsidade, a bandeira da "luta pela democracia", justificando, assim, lucros astronômicos com a comercializam das armas.
Em Cuba, a deposição do ditador Batista por Fidel e seus guerrilheiros trouxe alegria momentânea para o povo que festejou, nas ruas, a desejada liberdade, mas durou pouco. Logo os cubanos viram a face cruel do poder nas mãos assassinas de Castro e do seu companheiro Che Guevara, cuja finalidade única da luta era um golpe para derrubar o governo constituído e usufruir das mesmas regalias e mordomias em meio à violenta tirania.
Defendendo a necessidade de segurança dos seus países, governos espúrios e ditatoriais fomentam a guerra e gastam somas inacreditáveis com armamentos; na realidade, o gasto mundial é de
R$ 7 trilhões, 200 vezes mais do que se gasta para combater a fome no mundo. O mundo globalizado nos faz conviver com toda sorte de acontecimentos, desde os mais felizes aos mais trágicos, trazidos pela mídia em nossa telinha, como num palco de entretenimento que nos prende à sucessivas imagens que nos fazem perder a capacidade de indignação.
Com razão, se horroriza diante de um crime cometido na rua, mas se presta pouca atenção à noticia de um bombardeio que matou 100 pessoas, inclusive crianças, em países distantes. Afinal, é tão longe! Joseph Stalin disse: "Uma única morte é uma tragédia; um milhão de mortes é uma estatística".
As imagens sucessivas de corrupção já não escandalizam mais o telespectador que adormece ou muda de canal, o impeachment perdeu a força, a indignação dos poucos é assunto de boteco e as passeatas dos milhões de insatisfeitos se dissolveram na desilusão conformista de muito clamar e nada mudar.