O comércio mogiano fechou o Natal 2015 com resultado negativo. Balanço divulgado ontem pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) aponta para uma retração média de 1% nas vendas na comparação com 2014. O resultado fica aquém da expectativa inicial, que era de um crescimento de 1% a 2%, mas é melhor do que o registrado em outras cidades paulistas.
A Associação Comercial pesquisou comerciantes de sete dos principais setores de varejo: roupas, calçados, brinquedos, eletroeletrônicos, supermercados, perfumarias e joalherias/óticas/relojoarias. Em alguns deles, como calçados, eletroeletrônicos e perfumarias, os comerciantes apontaram que as vendas no Natal de 2015 permaneceram no mesmo patamar de 2014. O setor de joalherias, por sua vez, contabilizou alta nos negócios. Já nos demais - roupas, brinquedos e supermercados - houve retração nos negócios. Na média o Natal ficou negativo em 1% para o varejo.
"Todos já sabiam que esse não seria um Natal como os anteriores em razão da crise pela qual passamos. As pessoas compraram menos e optaram pela compra de produtos mais baratos, com medo de assumirem dívidas por causa do cenário incerto. Mas embora não seja positivo, o balanço em Mogi não é todo ruim porque tivemos alguns setores com vendas superiores e outros que se mantiveram no mesmo patamar", avalia Tânia Fukusen Varjão, presidente da Associação Comercial.
Mesmo com o saldo negativo, o Natal de 2015 trouxe um alívio para o setor comercial, que conseguiu recuperar parte das perdas registradas ao longo do ano, em especial, no segundo semestre. Isso porque, normalmente, as vendas de Natal equivalem entre dois a três meses do ano.
Liquidações
Para 2016, as projeções não são as melhores, principalmente em razão do alto índice de desemprego. Para manter os negócios e atrair consumidores, muitos lojistas devem antecipar a temporada de liquidações. "Algumas lojas já entraram com as promoções e tudo indica que isso deve ser uma tendência neste início de ano para queimar os estoques de verão e dar fôlego para as compras da próxima estação, principalmente porque o Carnaval será também logo no início de fevereiro", ressalta Tânia, ao destacar a expectativa com mudanças no rumo da economia. "Esperamos que o governo acerte com medidas que permitam ao País sair dessa recessão em 2016", conclui.