Impossível falar do zika e não relacioná-lo à gravidez. Caso a gestante contraia a doença, a criança pode nascer com a cabeça menor do que o normal, caracterizando a microcefalia. O infectologista do Instituto Emilio Ribas, na capital, Jean Gorinchteyn, informou que o Brasil é o primeiro País que fez a relação dessas condições dos bebês com o vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, no entanto há outras poucos pontos discutidos sobre a doença.
Gorinchteyn afirmou que a microcefalia pode ocorrer no segundo trimestre da gestação, antes disso, nos primeiros três meses, a gravidez fica inviável de ocorrer. Já nos últimos três meses, os efeitos que o vírus tem sobre a criança, ainda não são conhecidos.
"Em que momento da gestação ocorre essa gestação, nós não sabemos. É uma doença nova e que está trazendo uma série de dúvidas. Sabemos sim que a gravidez é composta por três trimestres. O primeiro, qualquer infecção nesse período, é igual a uma não viabilidade da gestação. No início do segundo, existe a possibilidade de ocorrer uma alteração neurológica, como a microcefalia. No terceiro trimestre, muito provavelmente essa microcefalia não ocorra, mas o que nós não sabemos são os efeitos neurológicos que essas crianças vão ter".
Repelentes
O médico afirmou que é preciso se atentar quanto aos repelentes. Existem alguns que dificultam a presença do Aedes no local, no entanto o produto não deve ser passado em crianças com menos de dois anos, uma vez que a pele do bebê é muito fina e pode absorver o produto de forma mais rápida, podendo trazer complicações.
Quanto ao aleitamento, o infectologista disse que a mãe não pode amamentar a criança, uma vez que existem traços do vírus no leite. (F.M.)