A suspeita de que bombas haviam sido deixadas nas estações Guaianases, Itaquera e Brás fez com que a circulação de trens na linha 11 (Coral) da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fosse parcialmente interrompida durante a manhã de ontem. Apesar dos transtornos gerados, o que incluiu um princípio de tumulto na estação de Calmon Viana, em Poá, a polícia concluiu que não se tratavam de artefatos explosivos.
De acordo com a CPTM, uma equipe de funcionários identificou na Estação Guaianases, por volta das 6 horas, um artefato suspeito, que poderia ser uma bomba. "Imediatamente, acionou a Polícia Militar e fechou a estação para preservar a segurança dos usuários e dos empregados. Às 6h30, foi identificado pela Segurança outro artefato na Estação Corinthians-Itaquera", explicou por meio de nota.
Por medida de segurança, a circulação de trens foi interrompida entre as estações Tatuapé, na capital, e Antônio Gianetti Neto, em Ferraz de Vasconcelos. A CPTM acionou a Operação Paese com ônibus e Metrô para atender o trecho interrompido e orientou os usuários do Alto Tietê, com destino à capital, a utilizarem a Linha 12-Safira, a partir da Estação Calmon Viana.
A situação foi normalizada somente por volta das 11 horas, quando a polícia confirmou que não se tratavam de bombas e os trens voltaram a circular normalmente na linha 11. As fotos dos supostos artefatos foram divulgadas pela CPTM e mostravam tubos grudados a um aparelho semelhante a um celular por fita adesiva.
A companhia afirmou ainda que aguarda as investigações da polícia e irá colaborar visando a identificação dos autores. A CPTM ressaltou que dispõe de mais de 5 mil câmeras instaladas em trens e estações monitoradas durante 24 horas.
Apesar de ser falsa, a presença da suposta bomba fez com que as estações ficassem lotados, o que prejudicou muitas pessoas, entre elas o jornalista Marcelo Barbosa, que reside em Mogi das Cruzes e demorou três horas para chegar até São Paulo. "Eu cheguei na estação de Brás Cubas às 6h30 e já estava sendo avisado que por motivo de segurança o trem iria somente até Gianetti. Era avisado para o usuário da Linha 11 ir para a Linha 12 em Calmon", destacou.
Segundo Barbosa, a situação ficou caótica no momento da baldeação. "Quando chegou em Calmon, quem saiu no trem se uniu com a multidão para subir as escadas e ir ao acesso da Linha 12 e aí começou a confusão, pois vinha gente do outro lado da linha e ninguém conseguia se mover e então começaram a pular nos trilhos. Só consegui chegar do outro lado após 40 minutos", concluiu. Apesar da confusão, não foi registrado qualquer incidente.