O programa de concessão de bônus e tarifa de contingência nas contas de água foi prorrogado até o final de 2016, mesmo com a diminuição dos impactos da crise hídrica. A ação já resultou na economia de 17 bilhões de litros nos municípios do Alto Tietê, desde o início da campanha, em fevereiro de 2014.
Já o volume de água consumido por quem excedeu o consumo chegou a 3 bilhões de litros na região, entre janeiro e novembro, quando a multa começou a ser aplicada. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Até o último mês de novembro, 75% dos consumidores reduziram o consumo, mas só 61% deles conseguiram economizar o suficiente para obter o desconto na tarifa da água. Os outros 14% não atingiram a meta de economia mínima de 10% para obter a bonificação.
Com relação à tarifa de contingência, a companhia informou que, em janeiro deste ano, o volume de água consumido no Alto Tietê chegou a 3 bilhões de litros. Já no mês passado, 16% dos consumidores tiveram ônus e foram obrigados a pagar multa por terem aumentado o consumo. Na região, 9% também aumentaram o consumo, porém não tiveram a aplicação da tarifa, pois ainda estavam dentro da faixa de consumo mínima, que é de até 10 mil litros por mês.
A partir do ano que vem, os cidadãos ainda vão contar com a possibilidade de bônus nas tarifas da água porque a Sabesp solicitou à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) a prorrogação do programa de concessão de bônus até o final de 2016. Mas junto com a possibilidade de descontos, o consumidor também deve ficar atento ao consumo excessivo, já que a concessionária também foi autorizada a prorrogar a tarifa de contingência para os "gastões".
"As condições e as regras do programa serão mantidas, inclusive o escalonamento das faixas de bonificação de 10%, 20% e 30%. Isto é, quem reduz o consumo em 20% ou mais recebe desconto de 30%, entre 15% e 20% o desconto é de 20%, e entre 10% e 15% a redução chega a 10% na conta", informou a Sabesp.