O bloqueio do aplicativo WhatsApp, por determinação de uma juíza da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, foi bastante criticado pelos usuários do sistema. A medida entrou em vigor à zero hora de ontem e duraria por 48 horas, mas no meio da tarde foi derrubada por um desembargador.
Durante o período em que o sistema permaneceu inoperante - 13 horas -  não foi difícil encontrar pessoas utilizando o celular para fazer ligações, hábito que tem se tornado cada vez mais incomum em meio a tantos aplicativos de mensagens instantâneas, que também efetuam e recebem chamadas. A principal crítica dos usuários foi referente às tarifas que são cobradas pelas operadoras de telefonia.
O motorista Armando Wagner, de 53 anos, utiliza o WhatsApp para se comunicar com a família, mas teve que fazer um gasto extra para conseguir falar com a filha. "Bloquearem o Whats foi péssimo. Sempre utilizo para falar com a família. Hoje precisei falar com a minha filha e foi difícil. Como tenho um plano com internet próprio pra utilizar esse aplicativo, tive que colocar créditos no celular para falar com ela. É lamentável", disse.
Quem também não ficou nada contente com a situação foi a repositora Fernanda Rafaela Francisca, de 23 anos, que utiliza o app como forma de lazer. "Estou me sentindo isolada. Aproveito a hora do almoço para mexer no celular, falar com amigos. Hoje não consegui fazer isso. Tentei outros aplicativos, mas não são a mesma coisa".
Para não ter este tipo de problema a empreendedora Cristiane da Silva Akiyama, recorreu ao uso da mensagem de texto. "É horrível isso que fizeram. Meu marido tem um hortifrúti e passa os pedidos para os fornecedores sempre pelo WhatsApp, o que complicou o trabalho hoje. Eu, tive que recorrer ao SMS para conseguir me comunicar com as pessoas. O problema é que estou gastando bem mais do que com o aplicativo", avaliou.