A Prefeitura de Mogi das Cruzes fechará o ano com cerca de R$ 90 milhões de receita corrente a menos do que o esperado para 2015. De acordo com o secretário municipal de Finanças, Robson Senziali, a queda no valor arrecadado foi motivada especialmente pela crise econômica vivida pelo Brasil. Ele afirmou que diversos impostos não alcançaram o teto previsto pela administração municipal. O Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi o tributo que apresentou a maior queda. Essa é uma das principais receitas arrecadadas pela Prefeitura.
Segundo o levantamento apresentado pela administração municipal, até o fim de novembro o município tinha arrecadado R$ 812.581.342,40, no entanto, a expectativa era que no período fosse conquistado um montante em torno de R$ 887.000.000,00. "O valor arrecadado até novembro representa 84% do esperado para o ano", acrescentou o secretário. Para o ano todo, o projetado era arrecadar R$ 967.961.976,23, mas o valor deverá ficar abaixo do esperado.
Senziali esclareceu que a crise econômica vivida atualmente pelo Brasil afetou de forma direta a arrecadação mogiana. "A crise que afeta o país tem efeito cascata. A diminuição da atividade econômica reduz a arrecadação de impostos. As pessoas, pela dificuldade econômica, também deixam de pagar os tributos. E se os impostos não são pagos impacta a Prefeitura", ressaltou.
De acordo com o secretário, os tributos não tiveram uma queda nominal, ou seja, em valores, se comparado com o mesmo período de 2014, no entanto, os impostos ficaram abaixo do percentual esperado para esse ano. Com a inflação na casa dos 10%, todos os tributos ficaram abaixo do orçado, se situando entre 1,16% e 8,43%. "O ICMS apresentou o pior resultado em termos de percentual. Ele está acima de 1,29% do que tínhamos em janeiro, mas com a inflação de 10%, tivemos uma perda de 9%. Esse é tributo importante, ele mede a produção e circulação de mercadorias", destacou.
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) também ficou abaixo do previsto. Houve um crescimento quase 6%, mas com a inflação, a redução seria de 4%. "A Prefeitura já tem feito redução de custos e despesas, isso para manter o equilíbrio financeiro e do orçamento. Com o cenário econômico do jeito que está, a expectativa é que o próximo ano vai ser muito difícil. Não sabemos o que vai ocorrer, pois isso depende de vários fatores. Ano que vem também faremos um controle máximo e faremos o que estiver estritamente dentro do orçamento", disse.