As farmácias da região estão correndo para manter o estoque de repelentes, já que a procura pelo produto aumentou, principalmente pelas grávidas, por conta da dengue e do zika vírus, responsável pelo surto de microcefalia no Nordeste do País. O item é muito eficaz para proteger-se contra a picada do Aedes aegypti, mosquito vetor da doença, mas as gestantes devem ficar atentas às contraindicações.
A proliferação do vírus transmitido pelo mesmo mosquito da dengue está causando pânico nas grávidas, segundo informou a farmacêutica Zenaide Siunte. Ela conta que a procura pelo produto sempre aumenta nesta época do ano, por conta da chegada do verão e das férias, que leva muita gente ao litoral. No entanto, este ano, as vendas de repelentes aumentaram 40% comparada ao mesmo período de 2014. "As gestantes se sentem na obrigação de usar o produto para se proteger", afirmou. "Por conta do zika vírus, as grávidas estão apavoradas, inclusive, estão substituindo o hidratante e óleos pelo repelente", revelou Zenaide, que trabalha em uma drogaria na Vila Amorim, em Suzano. A farmacêutica ainda contou que, antigamente, as pessoas se preocupavam em levar a melhor marca do produto, o que não é mais a maior preocupação. "Agora, o foco é manter o estoque de repelentes".
Após epidemia do vírus, a venda do produto aumentou em diversas farmácias, mas as gestantes devem observar as contraindicações. "Aqueles repelentes indicados para o uso de toda a família, geralmente também podem ser usados pelas grávidas. Mas, mesmo assim, é importante ler o rótulo, onde estão as informações sobre os riscos", informou o farmacêutico Ednaldo Davi. Ele diz que as vendas de repelentes cresceram 30% em sua drogaria, por conta da epidemia do zika vírus, que ainda não atingiu a região, mas causa preocupação na comunidade.
Em uma farmácia de Mogi das Cruzes, a procura pelo produto também aumentou 50% aproximadamente, de acordo com a farmacêutica Ana Claúdia de Souza Renzi. "A procura aumentou muito nesta semana, principalmente pelas grávidas, que acompanharam os noticiários sobre o zika vírus", afirmou. Ele também adverte que as gestantes devem ficar atentas às contraindicações. "Geralmente, os repelentes com cheiro muito forte não são indicados, mas é importantes ler o rótulo antes de comprar o produto", alertou.