O radar dedo-duro da rodovia Mogi-Bertioga (SP-98) está desativado. O equipamento que flagra o excesso de velocidade, veículos que foram furtados ou roubados, além de apontar carros com o licenciamento atrasado, não opera há sete meses. O local onde o aparelho costumava ficar está vazio. De acordo com Departamento de Estradas de Rodagem (DER), um edital de licitação esta sendo elaborado para o novo contrato de operação.
Os dedos-duros não estão operando em diversas rodovias estaduais. A fiscalização com esse tipo de aparelho estaria suspensa desde o fim do contrato com a empresa responsável por operar os radares. O contrato de R$ 32,2 milhões, válido por um período de cinco anos, teria vencido em abril.
De acordo com o departamento, no Alto Tietê, apenas a Mogi-Bertioga contava com este tipo de dispositivo. Ele estava instalado próximo aos acesso da sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e da base da Polícia Rodoviária.
Os veículos detectados por algum tipo de infração eram parados pelos policiais que recebiam o alerta pelo sistema existentes na base da Polícia Rodoviária. Nos feriados prolongados era comum que dezenas de turistas encerrassem a viagem mais cedo, muitas vezes por causa do licenciamento atrasado ou por problemas na documentação do carro.
Em 2011
O radar dedo-duro foi alvo de diversas reclamações de motoristas quando foi implantado. De novembro de 2010 a maio de 2011, 41 mil motoristas foram multados irregularmente pelo equipamento. A Justiça determinou o ressarcimento dos valores pagos e a retirada dos pontos das carteiras de habilitação. A decisão foi tomada depois que a Justiça entendeu que o radar operava com uma série de problemas e, principalmente, não contava com a sinalização na época pelo Código de Trânsito Brasileiro.
No ano passado, o DER iniciou a instalação de diversos radares e lombadas eletrônicas em vários pontos das rodovias que cortam o Alto Tietê. Dos 36 equipamentos implantados, entre radares e lombadas eletrônicas, ainda sete precisam começar a fiscalizar.