As concessionárias de serviços de energia elétrica e de água e esgotos registram índices muito grandes de inadimplência por parte de seus consumidores. Por isso, este ano, muitas dessas empresas realizam feirões de negociações de contas em atraso. É o caso da EDP Bandeirante, concessionária de energia elétrica, que atua em 28 municípios do Estado de São Paulo, especificamente nas regiões do Alto do Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte, bem como da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Esta semana, entre os dias de 21 e 23 (segunda e quarta-feira), será realizado mais um feirão nas lojas da EDP. Em Mogi das Cruzes a loja da distribuidora está localizada na avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, 996, na região central da cidade.
Mas, nos últimos meses, várias dessas oportunidades de acertar os ponteiros foram realizadas em Mogi e região, em outros feirões de negociação de débitos promovidos pela EDP Bandeirante. 
Nessas ocasiões, a distribuidora de energia elétrica fica disponível para atender os interessados em usufruir as facilidades de pagamento oferecidas pela empresa, para que o consumidor possa ficar em dia com as contas e, ainda, ter maior controle sobre o consumo.
"Historicamente os consumidores aproveitam o início do último trimestre do ano para quitar dívidas e se preparar para os gastos de fim de ano. E os feirões são uma ótima oportunidade para a regularização das pendências financeiras", diz Marcos Scarpa, Relações Institucionais da EDP.
Geralmente, 500 a 600 pessoas atendem ao chamamento. Em um desses feirões estava o aposentado Francisco de Melo, de 69 anos, que aproveitou a oportunidade para organizar suas dívidas. "Diante da situação em que está o País, acho importante as empresas darem essa chance do cliente tentar negociar", avaliou.
A doméstica Doraci Silva Martis, de 42 anos, chegou a perder o dia de serviço, apenas para conseguir resolver sua situação. "No meu caso as contas estavam vindo apenas com o valor mínimo, mas neste mês chegou a R$ 612. Só agora fui informada que é porque eles não estavam conseguindo medir o consumo em casa. Não fiquei tão satisfeita com a situação, mas pelo menos consegui parcelar esse valor", comentou.