Compartilhe
A Defensoria Pública de São Paulo adiou o pagamento aos advogados que atuam em todo o Estado prestando assistência gratuita às pessoas que não tem condições de pagar um defensor. Em nota enviada à equipe de reportagem do Dat, o órgão informou que "a expressiva queda na arrecadação das custas e emolumentos extrajudiciais que compõem o Fundo de Assistência Judiciária" foi o principal motivo para a prorrogação do repasse pelos serviços. O pagamento deveria ser feito neste mês, relativo a novembro.
O convênio entre a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção São Paulo e a Assistência Judiciária para a prestação desse serviço já dura 40 anos, e conta com quase 40 mil profissionais para realizar esse trabalho.
O anúncio pegou os advogados de surpresa. As OABs da região ouvidas pelo Dat condenaram a atitude tomada pela defensoria. A subseção de Itaquaquecetuba, por exemplo, defendeu medidas mais drásticas, como uma greve. "É uma afronta. O colega espera o pagamento, às vezes para ajudar nas contas do escritório, e esse dinheiro não vem. O que é pior: avisou hoje (ontem), fomos pego de surpresa. Se for necessário devemos tomar uma medida mais direta, como uma greve, por exemplo", detalhou o presidente da OAB de Itaquá, Zenival Alves de Lima.
Para o presidente da subseção da OAB de Mogi das Cruzes, Marcelo Inocêncio, a atitude tomada pelo órgão estadual é absurda. "Voltei agora de São Paulo e fui pego de surpresa. Só posso dizer que isso é absurdo. O advogado já trabalha com uma tabela defasada, ou seja, já é uma relação difícil (OAB e Defensoria). Mas quando não há o pagamento fica pior ainda", explica.
Já o presidente da OAB de Suzano, Laerte Plínio Cardoso de Menezes, aproveitou para questionar se os defensores públicos, que atuam diretamente para a administração, também terão atrasos nos salários. "Duvido que eles (defensores) terão os pagamentos atrasados. Acredito que se o advogado prestou o serviço em um mês, já tem que ser remunerado no primeiro dia útil do mês seguinte", finalizou.
A OAB de São Paulo informou ao jornal Dat que repudia a atitude tomada pela Defensoria Pública do Estado, e que pretende tomar algumas medidas para que o pagamento seja feito o quanto antes. "A OAB-SP adotará contra a Defensoria Pública do Estado de São Paulo e os dirigentes por ela responsáveis todas as providências administrativas, correcionais, políticas e judiciais aplicáveis ao fato, caso não se regularize de forma imediata o pagamento das certidões de honorários".
Por sua vez, a defensoria informa que tem procurado junto ao Palácio dos Bandeirantes uma maneira de solucionar essa situação.
Cidades
Bem Estar Animal realiza Evento de Adoção, neste domingo (13), em Cezar de Souza
Cidades
Mulheres vítimas de violência passam a ter direito ao Auxílio-Aluguel em Mogi
Cidades
Em Itaquá, programação do Outubro Rosa terá corte solidário
Cidades
Mais de 290 mil eleitores do Alto Tietê não compareceram às urnas