Os combustíveis foram os produtos tiveram o maior reajuste de preço ao longo desse ano. O valor do etanol aumentou 30% de janeiro até agora. O litro do álcool era comercializado em média por R$ 1,93 no início do ano. Agora, o etanol pode ser encontrado nos postos por um valor médio de
R$ 2,52. O litro da gasolina era vendido por R$ 2,95 e hoje os mogianos encontram o combustível na bomba por R$ 3,49, o que equivale a um reajuste de 18% de janeiro até dezembro. As informações são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A alta nos preços dos combustíveis vem pesando no bolso dos consumidores. De acordo com o levantamento da ANP, atualmente, o litro de etanol mais barato em Mogi das Cruzes pode ser encontrado por R$ 2,29. Agora, o álcool mais caro do município é comercializado por R$ 2,69. O litro da gasolina mais em conta da cidade pode ser adquirida nas bombas por R$ 3,24, enquanto o combustível mais caro é vendido por até
R$ 3,69, ou seja, R$ 1 a mais do que o litro do etanol mais caro na cidade de Mogi.
O coordenador de vendas Henrique Corrêa, de 24 anos, afirmou que o aumento do combustível influencia no preço de outras mercadorias e serviços. "Está tudo muito caro. O preço da gasolina é um absurdo, pois o Brasil produz petróleo e vende mais barato para fora enquanto pagamos caro aqui dentro. O aumento nos preços é visto em todo lugar. O salário não aumenta e o trabalhador fica limitado, não consegue investir, comprar carro ou casa. A gasolina é um item essencial, pois tudo depende dela, o transporte de alimentos, por exemplo, uma coisa influencia a outra", destacou.
O publicitário Érico Nobre, 50, possui veículo flex, mas mas prefere optar sempre pela gasolina por causa do desempenho. "Não tem como driblar esses aumentos, tem que continuar abastecendo em postos com gasolina de qualidade. Quando há o aumento do etanol, também afeta a gasolina, pois ela tem 30% de álcool em sua composição. O aumento no combustível também é reflexo dos desmandos que ocorreram na Petrobras. Quem sabe a situação não muda em breve", disse o publicitário.