A Câmara de Suzano aprovou o projeto de lei do Executivo que prevê a concessão do serviço funerário por dez anos e ainda a construção de dois novos velório na cidade, sendo um deles no distrito de Palmeiras e outro no Boa Vista. A propositura rendeu uma grande discussão por parte dos vereadores, já que a mesma foi encaminhada em regime de urgência, o que impediu a análise de todo o seu teor.
O parlamentar Luiz Carlos Geraldo (PT), o Professor Luizinho, afirmou que o ideal seria criar um serviço funerário municipal, mas explicou que votaria favorável a medida. "Sei que se trata um serviço essencial para a população. De qualquer forma, precisaria de mais tempo para ler todo o documento, por isso vou analisá-lo com mais calma e apresentar as emendas que eu entender necessárias", justificou.
Já os vereadores Walmir Pinto (PT) e Vanderli Ferreira Dourado (PT), o Derli do PT, criticaram o fato de o projeto ter sido enviado em regime de urgência. "É uma concessão importante, com validade de dez anos, que prevê dois novos velórios e que precisa de atenção especial, por isso não votarei, vou me abster de votar", declarou Derli. A mesma decisão foi tomada por Walmir. "Nem sabemos em que condições será feita essa licitação. Todos os projetos de urgência enviados hoje não receberão meu voto, porque não são realmente urgentes, poderiam ficar para 2016". O parlamentar Said Raful (PSD) também deixou de votar.
Refis
Assim como a propositura da concessão funerária, o projeto que prevê a prorrogação do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) também foi votado e aprovado sem que o mesmo tramitasse internamente nas comissões do Legislativo. "Eu avisei que aconteceria a inadimplência do IPTU quando houve o reajuste absurdo que nós vimos há dois anos. Agora esta aí o resultado", completou Luizinho.
Saúde
A Câmara aprovou ainda o projeto que prevê o programa "Saúde para Todos", na cidade. "A prefeitura podia aproveitar esse projeto e investir o dinheiro da venda dos terrenos públicos em Saúde", opinou Walmir.
Ele aproveitou para criticar as declarações do vereador Cláudio Anzai (PSDB), que afirmou ao Dat participar de uma estratégia criada pelo prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB), onde os projetos são enviados em regime de urgência para que a oposição não tome conhecimento do seu teor. "O senhor agiu de maneira leviana ao assumir uma barbaridade dessas. A partir de agora acabou a trégua, acabou a paz aqui na Câmara", reforçou.