A um ano de deixar o Executivo mogiano, o prefeito Marco Bertaiolli (PSD), afirmou que os próximos 12 meses serão os mais intensos desde que assumiu a Prefeitura, em 2009. A ordem é que cada dia de 2016 seja preenchido com trabalho voltado ao desenvolvimento da cidade. Bertaiolli destacou que o próximo ano contará com o início e conclusão de importantes obras para o município. Entre elas a criação do corredor Leste-Oeste, conhecido como o prolongamento da avenida Guilherme George, a passagem subterrânea da praça Sacadura Cabral, sob os trilhos da CPTM e o Parque da Cidade.
Para o prefeito, o bom desempenho no município em pesquisas e levantamentos significa uma responsabilidade ainda maior, em especial para o candidato que vai substitui-lo a partir de 2017. Bertaiolli afirmou que este foi um ano difícil economicamente para o município e destacou que 2016 será um período que demandará uma atenção maior na gestão e administração. 
Mogi News: Como o senhor avalia o ano de 2015?
Marco Bertaiolli: Foi um ano bastante difícil, pois oscilou muito no ponto de vista econômico. A receita da Prefeitura está intimamente ligada ao desempenho econômico do país e sofremos durante todo o ano uma oscilação negativa muito forte. Em tudo o que projetamos, tivemos muita dificuldade em concluir, pois a receita despencou. Felizmente, isso não chegou a atrapalhar nenhum dos nossos projetos. As obras estão ocorrendo dentro do prazo previsto e do tempo correto, nenhuma sofreu atraso ou interrupção. Quando iniciamos este segundo governo, lancei o programa Avança Mogi e fizemos todo detalhamento de tudo o que gostaríamos de fazer. Completamos três anos e cumprimos rigorosamente tudo que estava previsto.
MN: O que representa os índices conquistados por Mogi?
Bertaiolli: Olhando estes sete anos, o avanço foi muito grande. Medimos isso por dados e estatísticas. Mogi se consolidou como uma das 50 maiores e melhores cidades do Brasil. Acabou de sair um estudo da Delta, usando dados da ONU (Organização das Nações Unidas), em que se chega a conclusão que o município é a 7ª melhor cidade para se viver no país. O IBGE publicou, ainda, um índice que aponta que Mogi é a 60º município que mais contribui com o PIB (Produto Interno Bruto). Tirando as cidades com uma única economia, ficamos entre as 50.
MN: Isso aumenta os desafios?
Bertaiolli: É uma responsabilidade maior saber nas mãos de quem vamos deixar Mogi. Não podemos perder esse ritmo de muito trabalho e planejamento. Este é um cuidado que temos que ter. Esta é uma posição de grande responsabilidade. Temos planejadas obras e serviços, tudo organizado para esses últimos 12 meses que vamos administrar Mogi. Estamos aceitando o desafio de fazer muitas coisas novas.
MN: Quais obras estão planejadas para 2016?
Bertaiolli: Iniciaremos a avenida que liga o Centro de Mogi a Jundiapeba, que chamamos de avenida Guilherme George. Estou muito feliz por ter salvo o terreno do Clube Siderúrgico. Trabalhamos muito para conseguir que a União transferisse a área para o município. Já autorizei a abertura de licitação para construção do Parque da Cidade, que será a cereja do bolo da nossa administração. Esses desafios nos movem a trabalhar e fazer de Mogi uma cidade cada vez melhor para se viver. Essa é a mogianidade que tanto prego.
MN: Qual a expectativa para o próximo ano?
Bertaiolli: Há uma dificuldade muito grande em projetar 2016, o que exatamente vai ocorrer ainda não sabemos. Mas é um ano que requer muita atenção, do ponto de vista de planejamento da gestão. É um período que vai ser trabalhado cotidianamente, mas estou muito otimista e esperançoso que tenhamos um bom ano em Mogi. Na cidade não temos crise, ela é do governo nacional. Estamos sofrendo a resultante dessa crise, mas a cidade, assim que o Brasil melhorar, terá uma saída muito rápida, pois nossa economia é muito pulverizada. Temos uma indústria pujante, um comércio que é polo da região, além de prestadores de serviço. Mogi é muito estruturada.
MN: Qual será sua principal marca?
Bertaiolli: Temos várias. Existe o parque de educação que transformamos em Mogi. Vamos terminar 2016 com 72 escolas construídas, é o maior programa de expansão educacional do Brasil, sem contar o Tempo Integral, isso já é um orgulho. Temos ainda a obra do complexo Julio Simões, que entregaremos a última fase no fim de janeiro com uma corrida. Agora, teremos a passagem subterrânea, uma obra que vai mudar a história de Mogi. O Hospital Municipal é um grande projeto nosso, mas fizemos obras históricas, como a Unica (Unidade Clínica Ambulatorial), AME (Ambulatório Médico de Especialidades), UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além do SIS (Sistema Integrado de Saúde). É o conjunto da obra que valoriza muito Mogi. É preciso destacar uma grande obra em cada área. 
MN: O que Mogi ainda precisa?
Bertaiolli: A cidade cresce muito rápido. A Mogi que encontrei há sete anos não é a mesma que vou encontrar em 2016. A mudança é vista a olhos nus. Além de crescimento muito rápido, o município é vivo, tem as suas necessidades que surgem todos os dias. As questões que vou enfrentar em 2016 não são as mesmas de 2009, até porque já resolvemos estes desafios.
MN: Como deve ser o último ano de administração?
Bertaiolli: Vamos entrar em 2016 com um ritmo muito intenso. Será uma contagem regressiva para dar tempo de realizar tudo que temos planejado. Além disso, surgem oportunidades no meio do caminho. Se puder iniciar uma obra em dezembro de 2016, vou começar, pois a cidade não vive no calendário eleitoral. Ela tem necessidades eternas. Esse será o ano mais intenso dos oitos que estarei à frente da Prefeitura. Vamos imprimir um ritmo muito forte nos 12 últimos meses.
MN: Como espera deixar Mogi no dia 31 de dezembro de 2016?
Bertaiolli: Tenho convicção que vou entregar a cidade muito melhor do que encontrei, essa é obrigação de qualquer prefeito. Espero deixá-la em boas mãos, para pessoas que possam continuar tocando Mogi.
MN: Como será sua relação com o novo presidente da Câmara?
Bertaiolli: Temos trabalhado muito com todos os vereadores. Fui vereador e conheço o pensamento da Câmara. E por ter sido vereador, respeito muito o Legislativo. Conversamos muito, trocamos informações e a Câmara tem a mesma preocupação que o Executivo, que é fazer uma cidade melhor. O Mauro Araújo (PMDB) já foi presidente e tivemos um relacionamento excepcional.
MN: O que vai mudar com a nova Lei do Zoneamento?
Bertaiolli: Em janeiro vamos encaminhar para a Câmara o projeto que tenta disciplinar mais o Zoneamento de Mogi. Temos que ter um cuidado especial ainda com o Polo Gerador de Tráfego (PGT), pois não queremos apertar demais o parafuso e inviabilizar novos investimentos, mas ao mesmo tempo não podemos deixá-lo solto demais para qualquer um vir e fazer o que quiser. Temos problemas de gente grande. Mogi não é mais um município de interior, ele está chegando a 500 mil habitantes. Temos desafios gigantes e um deles é ordenar esse crescimento para que daqui para frente não vire um inchaço. O grande risco que Mogi corre é que, por ser reconhecida como uma cidade de boa qualidade de vida, acabe inchando ao invés de ter um crescimento ordenado. O grande desafio de Mogi daqui para frente, com o novo Zoneamento, é colocá-la no crescimento e não no inchaço.
MN: Como será seu futuro político?
Bertaiolli: Doze meses de governo passam muito rápido. Minha perspectiva é continuar na vida pública, é o que faço desde os 20 anos. Não existe outra alternativa, gosto disso, é o que trabalho e faço. Temos diversos cargos para serem ocupados. Minha primeira missão é completar bem nosso mandato e deixar a cidade em boas mãos para, na sequência, escolher claramente como será o meu caminho.
MN: O senhor já sabe quem será seu sucessor?
Bertaiolli: O nosso grupo político, que administra a cidade de Mogi hoje e que neste momento é coordenado por mim por estar na cadeira de prefeito, é uma união política positiva que pensa a cidade e obtém sucesso na administração de Mogi. Temos uma avaliação positiva na cidade. Entendo que alguém que representa nosso grupo político seja candidato no próximo ano para propor que a cidade continue nessa rota do crescimento. Ainda não temos esse nome, vamos tê-lo em março ou abril, quando começam as disputas eleitorais. Vamos apresentar esse nome e que simbolize a continuidade desse trabalho que tem dado certo. É preciso fazer uma escolha técnica, que se baseie em pesquisas científicas para entender o pensamento e necessidade do eleitor.