A Secretaria de Estado de Energia e Mineração coordenará um trabalho que pretende diagnosticar as barragens de mineração e da indústria de transformação de todo o Estado de São Paulo. A ideia, segundo a pasta, é evitar que acidentes como o que ocorreu na cidade de Mariana (MG) aconteçam por aqui.
O documento que analisa as condições das barragens paulistas deverá ficar pronto até fevereiro do ano que vem. Nele haverá recomendações para as empresas minimizarem os riscos de um possível acidente. A primeira reunião de trabalho deve acontecer na primeira quinzena de dezembro
Das mais de 2,8 mil barragens que existem do Estado, 18 estão no Alto Tietê e deverão passar pela vistoria. A maioria delas possui um risco baixo de acidente, entretanto o dano potencial em pelo menos uma dessas barragens é considerado alto. Esse espaço fica em Mogi das Cruzes e a maioria de seu volume é composto de granito para a fabricação de brita, muito utilizado na construção civil.
Um relatório do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), deste ano, revelou que nessa mineradora o risco de acidente é considerado baixo, porém o dano potencial associado é classificado alto. .
Também composta em grande parte de granito para brita, duas barragens em Santa Isabel possuem um grau de acidente considerado médio, com um dano em potencial classificado como médio. Há ainda outra barragem em Santa Isabel que não possui materiais.
Em Guararema há um espaço para armazenar um material chamado dolomita, uma espécie de rocha utilizada na fabricação de materiais refratários. Segundo o DNPM tanto o risco de acidentes quanto o de dano em potencial são baixos.
Muita areia
Cinco barragens da região são compostas de areia, e todas elas estão em Mogi das Cruzes. Há ainda mais sete barragens da mesma empresa, também encontrada nas cidades de Itaquaquecetuba e Suzano, que não estão sendo utilizadas. O DNPM classificou todas elas com o risco médio e baixo.