O vírus da Aids já matou mais de 1,6 mil pessoas, nos últimos 18 anos, no Alto Tietê. Apenas no ano passado, 72 óbitos foram registrados por conta da doença na região, onde a maioria dos novos diagnósticos são de homens e homossexuais. No entanto, a quantidade de confirmações de soropositivos diminuiu 65,7%. As estatísticas foram atualizadas e divulgadas pelo Ministério da Saúde, ontem, data em que foi celebrado o Dia Mundial de Combate a Aids.
Entre 1996 e 2002, nos dez municípios da região, 651 pessoas foram vítimas fatais dessa Doença Sexualmente Transmissível (DST). Mas as estatísticas também apontam queda gradativa nos casos de óbitos na região, pois entre 2010 e 2014, houve queda de 37,79% nos índices se comparado com os cinco anos que antecederam esse período.
De acordo com dados do Ministério, este ano, o Alto Tietê ainda confirmou mais 64 novos casos da doença, dos quais 65,6% são do sexo masculino. Em 2014, foram confirmados 187 casos de Aids e HIV, destes 66,3% são homens.
Mogi das Cruzes (17), Suzano (16), Ferraz de Vasconcelos (14) e Itaquaquecetuba (14) são os municípios que mais diagnosticam soropositivos na região. Juntas, essas cidades somam 61 casos de Aids e HIV. Poá e Santa Isabel somam três casos. As demais localidades não confirmaram nenhuma ocorrência este ano.
A cidade que mais teve mortes na região foi Mogi, com 434 óbitos nos últimos 18 anos. Entre 2010 e 2014, a Aids matou 101 pessoas no município mogiano. Em Itaquá, o vírus fez 355 vítimas fatais, sendo que entre 2010 e 2014, 86 morreram. Quatorze novas ocorrências de Aids e HIV foram diagnosticadas este ano, em que nove são homens, quatro são mulheres e uma é jovem.
No município suzanense, a Aids levou 278 pessoas a óbito entre 1996 e 2014. Só no ano passado, 14 não resistiram a doença.
Este ano, o município diagnosticou 16 pessoas com vírus, sendo que são 11 homens, três mulheres e dois jovens. Em 2015, inclusive, a cidade registrou queda de 62% se comparado com o ano passado, quando 34 novos diagnósticos foram confirmados.