A Personal Care, que prestava serviço de remoção de pacientes em Suzano, ingressou com um mandado de segurança na Justiça cobrando o pagamento de R$ 1,3 milhão que, segundo a empresa, a prefeitura não quitou até o momento.
A dívida por parte da administração municipal impede que sejam feitos os pagamentos dos salários dos funcionários, que estão sem receber há mais de dois meses. A atividade, inclusive, foi suspensa no final do mês passado, deixando mais de 900 pessoas sem atendimento.
Segundo o proprietário da Personal Care, Ercival Wilton Marques, ele sequer é recebido na prefeitura para discutir a quitação da dívida. "Fui lá duas vezes nos últimos dias e não consegui falar com ninguém. Meus funcionários foram recebidos uma vez e foram informados que a prefeitura não tem dinheiro para pagar pelos serviços que já foram prestados".
Questionada pelo Dat no mês passado, a Prefeitura de Suzano informou que a "empresa em questão abriu mão do contrato, pois não possui documentação necessária (Certidão Negativa de Débito, por exemplo) para que o município efetue o pagamento, como exige a lei". De acordo com Marques, essa pendência já foi resolvida. "Já paguei todas as taxas que precisava para ter a CND novamente, só falta o documento original chegar. Já apresentei todos os comprovantes, mas mesmo assim ainda não consegui receber da prefeitura".
O empresário destacou ainda que precisou recorrer à Justiça para tentar receber o montante de R$ 1,3 milhão. "Estamos esperando o juiz decidir para poder pagar os direitos trabalhistas dos funcionários, que precisam desse dinheiro. A Personal fatura R$ 150 mil e não tem como cobrir essa dívida de mais de R$ 1 milhão".
Ofício
No último dia 27, a Personal Care, que também dava suporte ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Suzano quando era necessário, protocolou na prefeitura um ofício informando a suspensão das atividades que eram realizadas pela empresa.
No texto é explicado que a administração municipal deve R$ 604 mil referentes às dívidas deste ano e
R$ 222 mil referentes aos anos de 2013 e 2014. A empresa informou ainda não ter condição sequer de abastecer as ambulância e comprar os insumos necessários.