Da primeira quinzena de setembro até agora, o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) vistoriou 417 residências para fiscalizar o despejo irregular de água da chuva no sistema de esgoto. O trabalho realizado por cerca de dez funcionários está concentrado no Jardim São Pedro, em César de Souza, onde o serviço foi iniciado. No caso de irregularidades, o morador pode ser multado.
O despejo de água da chuva na rede de esgoto traz uma série de problemas, como a obstrução da tubulação. De acordo com a autarquia, quando chove, o sistema de esgoto fica sobrecarregado, o que gera pontos de entupimento da rede e vazamentos.
A estimativa do Semae é que 60% das ligações do município estejam irregulares. O problema ocorre porque durante as construções e as reformas das casas, muitas tubulações são conectadas erroneamente ao sistema de esgoto. No período de fiscalização, nenhum morador foi multado.
Segundo o Semae, "ao constatar irregularidades, o morador é notificado e tem um prazo de 30 dias para regularizar a situação". Se depois do prazo não resolver o problema, ficará sujeito a uma multa de dez Unidades Fiscais do Município (UFMs), o que equivale a R$ 1.376,80.
A autarquia vai vistoriar todos os imóveis da cidade. Depois que o Jardim São Pedro for fiscalizado, os funcionários do Semae seguirão pelos demais bairros do distrito de César de Souza. 
Para identificar quais as residências que estão irregulares, os funcionários do Semae inspecionam a caixa de esgoto, que fica na calçada e também despejam água com corante amarelo nos ralos de drenagem da água de chuva. Caso o líquido saia pela sarjeta, a situação está regular, mas se sair na caixa de esgoto, a ligação está incorreta.
O grande impacto das ligações irregulares é sentido na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Semae, localizada em César de Souza. Durante o verão, época de chuvas intensas, o volume recebido costuma aumentar em até 50%, sendo que boa parte desse total é água de chuva.