Coveiros que atuam no cemitério municipal da Saudade, em Brás Cubas paralisaram parte de suas atividades. A suspensão de algumas ações, segundo apurou o Mogi News, é consequência de algumas divergências em relação a questões trabalhistas. O sindicato responsável pela categoria, no entanto, diz tratar-se apenas de “problemas internos”.
De acordo com um dos trabalhadores, que com medo de represálias preferiu não se identificar, a suspenção de alguns serviços teve início anteontem. “Nós decidimos parar por conta de uma série de fatores. O principal deles é o fato de sermos registrados como ajudante geral e não como agentes sepultadores. Nós queremos ter nossos direitos reconhecidos e esperamos ser atendidos”, disse.
Ainda segundo o funcionário, até a manhã de ontem, os sepultamentos não estavam sendo afetados pela “paralisação”. “Nós estamos realizando os enterros normalmente, pois as famílias dos mortos não têm culpa do nosso problema. O que a gente deixou de fazer foi abrir cova. Enquanto tiver buraco aberto a população não será prejudicada”, comentou.
Questionado sobre quantos dias aproximadamente ainda restam até que o número de covas existente se esgote, o agente sepultador, informou que há apenas 12 locais disponíveis para sepultamentos. “Não tem como prever até quando vai durar. São poucas covas, então se tiver algum tiroteio ou morrer muita gente na cidade, não vai ter pra enterrar”, explicou.
A reportagem procurou o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes (Sintap) para obter mais informações sobre as reivindicações da categoria. No entanto, foi informado que “até a manhã de ontem “os trabalhadores não havia protocolado nenhuma paralisação junto ao sindicato. Mas após uma conversa com os funcionários foi constatado tratar-se de um problema interno. E que, portanto, não haveria qualquer suspensão de serviços ou greve”.
Em nota a Administração Municipal informou que o secretário municipal de Governo, Perci Aparecido Gonçalves, responsável pelo setor, esteve ontem no cemitério da Saudade  e conversou com os funcionários. Além disso, reforçou que o trabalho está sendo realizado normalmente e que durante a conversa, foram discutidas as condições de trabalho e a construção de novos nichos no cemitério.